«Discute-se tudo o que é trivial, alguns responsáveis políticos concentram-se no que é secundário. O Presidente da República, primeiro-ministro e alguns ministros só discutem se o presidente deve ou não deve ouvir os responsáveis políticos regionais, quando dissolve uma assembleia regional», disse o líder do BE, durante a «Marcha contra a Precariedade», que hoje esteve na Margem Sul.
O bloquista considera a actual discussão é «mesquinha», na medida em que se resume a saber «se uma audiência deve ser feita ou não deve ser feita».
«Os responsáveis políticos não se enxergam e não tem atenção ao que conta, como precariedade e o desemprego, as dificuldades das vidas das pessoas. Só se preocupam com uma audiência, era bom que percorressem o país. Que se entretenham se não têm altura e capacidade de responder aos problemas fundamentais», acusou.
Francisco Louçã acusou ainda José Sócrates e o seu governo de estimularem o desenvolvimento do trabalho temporário em Portugal.
«José Sócrates ao fim de três anos e meio de Governo já pode dizer que ganhou neste aspecto, foi o criador e estimulador do desenvolvimento do trabalho temporário que abrange 400 mil jovens, foi o maior aumento da precariedade e o maior abuso contra os direitos sociais em Portugal», salientou.