Maioria defende meia jornada de trabalho na função pública para aumentar a natalidade

Chegam à reta final as propostas sobre natalidade, mais de um ano depois do anúncio de Pedro Passos Coelho, num congresso do PSD, sobre a intenção de criar incentivos a que nasçam mais crianças. As propostas vão ser discutidas na próxima semana.

Há entendimentos diferentes sobre assuntos como o abono de família ou a proteção da maternidade e paternidade no direito laboral.

Entre as medidas apresentadas pela maioria, está aquela que diz respeito a uma nova modalidade de horário de trabalho na função pública, a meia jornada.

Através de um projeto de lei que altera a lei geral do trabalho em funções públicas, PSD e CDS-PP propõem que possam trabalhar metade do período normal de trabalho, recebendo 60% da remuneração, as pessoas com filhos menores de 12 anos ou, independentemente da idade, com deficiência ou doença crónica, e também as pessoas com netos menores de 12 anos.

Outro dos projetos de lei apresentados por PSD e CDS-PP prevê que, a partir de 2016, o ensino pré-escolar passe a ser universal para todas as crianças a partir dos quatro anos de idade, em vez dos cinco.

São ainda defendidos horários mais flexíveis nas creches, através da «compatibilização entre a rede de equipamentos sociais com os horários de trabalho que se praticam em muitas empresas e serviços públicos».

«Recomendamos que se criem incentivos para que estas redes possam conciliar os horários dos seus serviços com as circunstâncias do dia-a-dia que afetam as famílias», sublinha Luís Montenegro.

Em questões de abono de família, a direita propõe uma melhoria nesse apoio, ao passo que o PCP defende a universalidade da medida.

Entre outras propostas estão a distribuição gratuita de manuais escolares, a criação de um passe escolar e a verificação do cumprimento dos direitos de maternidade e paternidade.

«A responsabilidade da baixa natalidade não é das famílias mas sim dos sucessivos governos, em particular do atual, que impuseram políticas de empobrecimento e exploração. As famílias não têm filhos não porque não queiram, mas porque não podem», argumentou a deputada comunista Paula Santos.

Também o Bloco de Esquerda apresentou propostas. Entre elas, está um projeto de lei que repõe direitos no acesso ao abono de família e outro sobre «igualdade na parentalidade para proteção das mulheres na maternidade e no emprego».

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