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O presidente do PS, Carlos César, considerou este domingo "especialmente mobilizador" o discurso do Presidente da República e defendeu que o Estado deve "ser capaz de responder a fenómenos como a emergência da corrupção" ou "abuso de poder".

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"Não podemos minimizar corrupções e exigências de maior seriedade na vida pública"
O líder da bancada parlamentar do PS falava aos jornalistas após o discurso do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na cerimónia do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em Portalegre. Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que Portugal é muito mais do que fragilidades ou erros, mas advertiu que não podem ser omitidos novos ou velhos fracassos coletivos, nem minimizadas corrupções, falências da justiça ou indignações.
"O discurso do Presidente da República é especialmente mobilizador no que toca àquilo que há de bom no nosso país e também é especialmente mobilizador para aqueles que acham que o nosso país precisa de melhorar", afirmou o líder parlamentar socialista, Carlos César. Segundo o presidente do grupo parlamentar do PS, é "muito importante, neste Dia de Portugal", existir a "consciência do valor" que o país tem e do que o "prestigia no exterior" e "tem corrido bem". "Daquilo que tem gerado confiança no nosso próprio país, com os cidadãos, com os investidores", mas, ao mesmo tempo, também é necessário ter consciência daquilo "que tem corrido menos bem", afirmou.
Carlos César saudou as palavras do Presidente da República também por aproximar uns e outros.
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Carlos César lembra que o importante é reconcilar as pessoas com a política
"O que interessa é reconciliar as pessoas com a política. A política é uma atividade nobre e deve ser exercida com nobreza e respeito por aqueles que nos elegem. Se assumimos compromissos devemos procurar cumpri-los. Mas também é preciso ter consciência que, por vezes, os políticos assumem compromissos que, pensando poder realizá-los, por circunstâncias extraordinárias ficam inibidos de o fazer. Aí, devem explicar com clareza aos eleitores a razão pela qual não foi possível aquilo que era almejado fazer", defendeu.
"Em todo o caso, eu creio que nós vivemos num país que confia na sua democracia e, se todos esses defeitos e essas insuficiências são conhecidas, é porque vivemos em democracia e não em ditadura".