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O PSD exige à Câmara Municipal de Leiria que esclareça a decisão de construir um muro em cimento de dois metros em torno de um bairro social requalificado.
Segundo avançou esta quarta-feira o Jornal de Notícias, a autarquia investiu mais de meio milhão de euros na requalificação das 18 casas que compõem o "Bairro Social da Integração", mas delimitou o espaço onde vivem 47 pessoas com um muro.

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"As necessidades de definição de limites do terreno não seriam asseguradas através de outras formas ou soluções mais inclusivas? De que forma se compatibiliza a circunstância de se tratar de um Bairro Social de Integração e, simultaneamente, estar este bairro delimitado e separado da comunidade, num consequente ato de pura segregação?", questionam os sociais-democratas num comunicado do partido enviado às redações.
"É inaceitável que dois metros de muro sirvam para delimitar aquele bairro, curiosamente 'da integração', era suposto ser", defende a deputada do PSD eleita pelo círculo de Leiria, Margarida Balseiro Lopes, em declarações à TSF. "Como é que se compatibiliza a integração de uma comunidade e a segregação" que o muro promove, questiona.
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"Numa era dos muros - que noutras geografias do mundo - não deixa de ser caricato e insólito (e estou a ser bastante simpática nas palavras) que a Câmara de Leiria tenha aparentemente adotado esta filosofia dos muros."
Margarida Balseiro Lopes condena a decisão da câmara de Leiria
No Jornal de Notícias, a vereadora do Desenvolvimento Social da Câmara de Leiria, Ana Valentim, justifica a construção do muro com a "necessidade de definir os limites do terreno com os terrenos adjacentes".
A responsável não explica o porquê de um muro tão alto, mas admite que toda a estrutura venha a ser objeto de intervenção artística. Justificação que não convence o PSD: haveria seguramente outras alternativas para cumprir esse objetivo".
O bairro reabilitado tem outros problemas, apontam os moradores, como a existência de apenas um contentor do lixo e a falta de lugares de estacionamento.