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Eduardo Cabrita vai ser constituído arguido no acidente que vitimou um trabalhador na A6, depois de os deputados da Comissão Permanente, reunida em plenário, terem votado por unanimidade o levantamento da imunidade parlamentar do antigo ministro.
Na quarta-feira, na Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados, a assembleia já tinha votado favoravelmente ao levantamento da imunidade parlamentar do antigo ministro, que se demitiu depois de o motorista ter sido acusado de homicídio por negligência.
O Ministério Público (MP) solicitou à Assembleia da República o levantamento da imunidade parlamentar do deputado Eduardo Cabrita, para que possa ser constituído arguido e, posteriormente, interrogado no caso do acidente mortal de um trabalhador na A6.

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O ex-ministro demitiu-se do Governo, e voltou a ocupar o lugar de deputado que conquistou em 2019, quando concorreu pelo círculo eleitoral de Setúbal. Nas legislativas de 2022, Cabrita não constou na lista de candidatos do PS, e está a pouco mais de um mês de terminar o mandato.
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Inicialmente, os partidos entenderam que não seria necessário o levantamento da imunidade parlamentar de Cabrita, dado que a legislatura estava a chegar ao fim. No entanto, com a repetição da votação das legislativas no círculo da Europa e com o Governo a tomar posse, na melhor das hipóteses, nos últimos dias de março, os deputados discutiram o tema para que o antigo ministro seja constituído arguido no próximo mês.
Eduardo Cabrita demitiu-se no mesmo dia em que o MP acusou o motorista do antigo ministro, Marco Pontes, de homicídio por negligência. Na altura, Cabrita justificou a demissão para "poupar" o PS nas eleições legislativas, acrescentando que era "apenas passageiro" no momento do acidente.

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