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O primeiro-ministro considerou que, no sábado, dia em que completa 60 anos, terá um "excelente presente de aniversário" com a assinatura do acordo de mobilidade na cimeira da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
António Costa fez estas declarações logo após ter chegado à capital angolana e antes de participar no jantar de chefes de Estado e de Governo que assinala os 25 anos da fundação da CPLP.
Em relação à cimeira de sábado, em Luanda, o primeiro-ministro considerou-a "muito importante" para o futuro da CPLP.
"Será desde logo marcada por um ato muito importante que desde há muitos anos aguardamos. O acordo de mobilidade é um instrumento fundamental para dar uma dimensão de cidadania à CPLP e iniciar uma trajetória que passará também seguramente por outras dimensões, designadamente o reconhecimento das formações académicas ou a portabilidade dos direitos da Segurança Social", afirmou.
Questionado se este acordo é a prenda político-diplomática que gostará de receber no dia em que completa 60 anos, António Costa confirmou.
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"Será seguramente um excelente presente de aniversário", admitiu, depois de se referir ao longo percurso negocial que teve a proposta portuguesa de livre circulação -- ideia que constou logo no programa do seu primeiro Governo.
"Em janeiro de 2016, em Cabo Verde, apresentei essa proposta na minha primeira visita oficial como primeiro-ministro. Em outubro de 2016, a proposta foi formalizada na cimeira de Brasília da CPLP, fez o seu caminho e agora será assinada", referiu.
Questionado se a controvérsia em torno da vigência da pena de morte na Guiné Equatorial poderá marcar esta cimeira, António Costa respondeu: "Todos os países são sempre tema destas cimeiras".
"São conhecidas as condições necessárias para que possa haver uma adesão plena desse Estado à CPLP", frisou, numa advertência dirigida ao regime da Guiné Equatorial.
António Costa, na sua conta oficial na rede social Twitter, também escreveu sobre a cimeira de Luanda, no sábado, logo após ter chegado à capital angolana.
"Cheguei hoje a Luanda para participar na Cimeira da CPLP, num momento em que a nossa comunidade se prepara para avançar de forma decisiva no reforço dos laços entre os seus cidadãos. Este será um dos resultados mais importantes desde a criação da CPLP", acentuou, numa alusão ao acordo de mobilidade.
O primeiro-ministro salientou depois que, para Portugal, "o relacionamento com os países da CPLP é central" na política externa do país.
"Somos uma comunidade de iguais, partilhando uma língua global e juntos somos mais fortes no mundo", acrescentou.