Almeida Santos diz estar convencido de que o Congresso do PS não vai servir de palco para debater o caso judicial José Sócrates.
Em declarações à TSF, o presidente honorário do Partido Socialista afirma, no entanto, que os militantes estão em «desacordo com a justificação» dada para a prisão do antigo primeiro-ministro, acrescentando que, no entender do próprio, a prisão preventiva «careceu de justificação». Referindo-se à «questão problemática da prisão», Almeida Santos insiste: «não vamos envolver-nos nisso».
Questionado sobre o convite de António Costa a independentes, entre eles Sampaio da Nóvoa, para discursarem no congresso, o fundador do partido sublinha que é um «bom» sinal dado pelo secretário-geral, classificando o ex-reitor da Universidade de Lisboa como «uma grande figura do país» e um homem com «grande futuro político», salientando o «destaque» que tem tido na «programação do partido».
Sobre o facto de Sampaio da Nóvoa não ser um militante do PS, Almeida Santos remata: «pode passar a sê-lo a qualquer momento».
À TSF, o histórico socialista sublinha ainda que o partido parte para o XX Congresso «tendencialmente unido», destacando o facto de o congresso consagrar a liderança de António Costa depois da saída de um secretário-geral [António José Seguro] que «se esforçou muito».
Questionado sobre o que devem ser as questões centrais durante o fim de semana, o fundador do partido defende que a reunião magna deve servir para introduzir «algumas alterações nos estatutos» e dar lugar à «eleição dos órgãos» nacionais, adiantando que não pretende tomar a palavra durante o congresso: «intervir não, já tenho direito ao meu repouso e a idade não perdoa».