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Alexandra Leitão considera excessiva e injustificada a construção do altar-palco para receber a Jornada Mundial da Juventude. No programa O Princípio da Incerteza, da TSF e da CNN Portugal, a deputada socialista defende que Carlos Moedas precisa de assumir responsabilidade enquanto presidente da Câmara de Lisboa e tomar decisões.
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"Não me parece que seja uma boa imagem para um presidente da câmara de uma cidade, como Lisboa ou de qualquer outra cidade, dizer que fará o que lhe mandem", afirma.
"Os portugueses não elegeram Carlos Moedas para ele fazer o que lhe mandem, seja quem for, desde a Igreja ao Presidente da República. Seguramente que o elegeram para ele tomar decisões, que devem estar fundamentadas e que, a meu ver, devem ter gastos. Deve-se gastar o dinheiro necessário para se receber condignamente este tipo de eventos, mas devem ser gastos razoáveis. E se há soluções possíveis, como está demonstrado que há, acho que se deve optar por uma solução com outro tipo de despesa", acrescenta Alexandra Leitão.
Ouça as declarações de Alexandra Leitão
Já Pacheco Pereira não fica chocado que o Estado participe na organização do evento, reconhecendo a relevância da Jornada Mundial da Juventude ao nível mundial. No entanto, realça o papel da Igreja, que deve "participar ativamente em garantir nos que haja um retorno significativo", defende.
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"Agora que isto vai gastar mais do que está previsto? Vai. Que vai haver desperdício? Vai. Que vão haver coisas feitas à última da hora? Vão. Eu já uma vez perguntei, mas quem é que pensa que nós somos a Suíça? Nós não somos a Suíça e, portanto, isto é um ónus que nos pagamos pelos nossos múltiplos atrasos. Indigna para quem tem más condições de vida, para quem tem os salários limitados, para quem sofre com dificuldades na habitação, mas eu já assisti a esta cena com o CCB, o mecanismo é sempre o mesmo: no final, em ambos os casos, as coisas resultaram", disse Pacheco Pereira.
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Por outro lado, Lobo Xavier diz não ser "orçamentista" nem conhecer detalhes sobre fundações e sobre palcos e, por isso, o valor a gastar num evento que vai atrair mais de um milhão de pessoas parece-lhe razoável.
"Como cidadão e comentador, eu olho para o envolvimento global do Estado: 35 milhões da Câmara Municipal de Lisboa, 10 milhões da Câmara de Loures e 30 milhões sem IVA do Governo central. E isso parece-me uma coisa razoável", disse.
"Não faço a menor ideia se um palco é caro ou se é barato"