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A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, manifestou esta quinta-feira, em Rio Maior (Santarém), a sua "alegria" com a decisão do primeiro-ministro de manter "um Ministério novo", prometendo "energia renovada" perante as novas competências relativas ao território.
Ana Abrunhosa, que participou esta quinta-feira na assinatura do contrato que disponibiliza um total de 19 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para o município de Rio Maior - para a Área de Localização Empresarial (13 milhões) e para a requalificação da Estrada Nacional 114 (6 milhões) - disse à Lusa que vê a continuação do seu Ministério como uma "preocupação" de António Costa "em assegurar um país mais coeso".
Assumindo agora responsabilidades em matérias como o ordenamento do território, a descentralização e as autarquias, a ministra salientou o facto de passar a reunir "o que são competências de valorização do território", permitindo "fazer um trabalho mais completo".
"Faz todo o sentido", declarou, manifestando reconhecimento por ter sido mantido "um Ministério que era novo, mas que faz muita falta".
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"Nunca seremos um país desenvolvido sem sermos um país uno", afirmou, sublinhando que, para isso, é preciso que "todas as regiões partilhem do desenvolvimento do país e que todas as pessoas, independentemente do sítio onde vivem e trabalham, tenham igualdade de oportunidades".

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Para a ministra, "é isso que é a coesão territorial" e não apenas olhar o interior, pois é preciso "cuidar os territórios e os problemas dos territórios de forma adequada" às suas especificidades e problemas.
A orgânica do XXIII Governo Constitucional, que saiu das eleições de 30 de janeiro, mantém o Ministério da Coesão Territorial, que continua a ter duas Secretarias de Estado, permanecendo a do Desenvolvimento Regional, a que se junta agora a da Administração Local e Ordenamento do Território.
Na legislatura que agora termina, o Ministério da Coesão Territorial, criado em 2019 e liderado por Ana Abrunhosa, tinha a Secretaria de Estado da Valorização do Interior, além da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional.
Já a Administração Local estava no Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública, que não faz parte da orgânica do novo Governo, e o Ordenamento do Território estava no Ministério do Ambiente e da Ação Climática.
No primeiro Governo liderado pelo socialista António Costa, entre 2015 e 2019, as autarquias estavam na tutela do Ministério da Administração Interna e o Ordenamento do Território estava no Ministério do Ambiente.
O primeiro-ministro, António Costa, apresentou na quarta-feira, ao Presidente da República, a composição do XXIII Governo Constitucional com 17 ministros, menos dois do que no anterior, e 38 secretários de Estado.
Este é o terceiro Governo chefiado por António Costa e o seu primeiro com maioria absoluta.
Pela primeira vez, a composição de um executivo conta com mais mulheres do que homens, excluindo o primeiro-ministro.