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"Comigo e com o PSD, antes quebrar que torcer!" É esta a frase que marca a tomada de posição, na manhã desde domingo, do presidente do PSD, Luís Montenegro, perante a relação com os outros partidos e os caminhos para chegar ao poder.
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No discurso de encerramento do 40.º Congresso do PSD, nunca referiu o partido Chega, mas este esteve implícito nas suas palavras ao assegurar que nunca associará os sociais-democratas a "qualquer política xenófoba ou racista" e nunca será o líder de um Governo que quebre esses princípios.
"Comigo e com o PSD, antes quebrar que torcer! Jamais abdicarei dos princípios da social-democracia e da essência do nosso programa eleitoral para governar a qualquer custo", assegurou.

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"Não somos nem comunistas nem socialistas, porque a história nacional e internacional já provou, mesmo recentemente, que Estado a mais traz sempre ilusões efémeras e pobreza estrutural", defendeu também, antes de deixar um aviso: "Não nos confundam. Nós não somos nem seremos socialistas moderados. Ou dito de outro modo, somos e seremos moderados, mas não somos nem seremos socialistas. Também não somos nem populistas nem ultraliberais."
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E acrescentou: "Acreditem, se algum dia for confrontado com a violação dos nossos princípios e valores para formar ou suportar um Governo, o partido pode decidir o que quiser, mas não serei eu o líder de um Governo desses".
Pelo contrário, acusou o PS de ter "ultrapassado muros" para se associar a partidos extremistas.
"António Costa, Pedro Nuno Santos, Fernando Medina, Mariana Vieira da Silva, Ana Catarina Mendes, e por aí fora, violaram os princípios do socialismo moderado para evitar a reforma política antecipada do atual primeiro-ministro", acusou.
Ainda assim, assegurou que tudo fará para que o PSD para "dar um Governo novo a Portugal"
"Tudo faremos para que esse Governo tenha estabilidade e condições de governabilidade. Somos um partido livre, de compromissos e de entendimentos quando e se necessários. Mas nunca, nunca violaremos os nossos princípios e valores", reiterou, tendo por trás no palco um ecrã com a mensagem 'Acreditar - Luís Montenegro 2026', a data prevista das próximas legislativas.