- Comentar
Nas redes sociais, destacando o trabalho de Joana Mendonça, o antigo governante lembra que nos últimos anos foi possível "construir uma política virada para a valorização económica do conhecimento".
Relacionados
Presidente da Agência Nacional de Inovação demite-se "por falta de condições"
IL quer ouvir com urgência ministro da Economia e ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
Governo reuniu com Agência Nacional de Inovação em dezembro, em janeiro e esta quinta-feira
"Se as notícias são preocupantes espero sinceramente que elas não signifiquem voltar atrás na história e que o ecossistema afirme a importância de uma ANI ao serviço do país e de empresas que inovam e querem um futuro melhor", escreve.
João Neves deixou o Governo em novembro, em rota de colisão com o atual ministro António Costa Silva, depois de o ter criticado publicamente.
Leia o comunicado de João Neves na íntegra:
As notícias que dão conta do pedido de exoneração de Joana Mendonça como Presidente da ANI são preocupantes. A história desta importante organização tem sido de grandes vicissitudes, incluindo uma tentativa de destruição através de um incompreensível despedimento coletivo nos tempos da troika.
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
Nos anos mais recentes foi sendo possível, mesmo que de forma limitada e contraditória, construir uma política virada para a valorização económica do conhecimento, reforçando o ecossistema de inovação. Cinco marcos estruturantes em que a ANI e Joana Mendonça tiveram um papel relevante: Programa Interface, por iniciativa dos ministros Manuel Heitor e Caldeira Cabral; lançamento dos Laboratórios Colaborativos, também por iniciativa de Manuel Heitor; revisão legislativa dos Centros de Tecnologia e Inovação, por minha iniciativa, e criação no âmbito do PRR da Missão Interface para financiar de forma adequado o conjunto das entidades de interface, com base num modelo de avaliação de resultados; e, lançamento das Zonas Livres Tecnológicas (a primeira da Marinha em Tróia), na sequência de iniciativas anteriores de várias entidades com destaque para o CEIIA.
O mandato de Joana Mendonça foi de recuperação do papel central da ANI como instrumento de uma política que aposta num país moderno, que cria riqueza a partir do conhecimento e de empresas que investem em I&D. Foi possível reforçar finalmente os seus meios humanos, recuperar atrasos nos pagamentos de incentivos, cumprir metas, ter capacidade de iniciativa e de mobilização.
Longe de se poder considerar que tudo está perfeito, e muito menos pronunciar-me em concreto sobre os seus motivos, mas desejo expressar o meu público reconhecimento à ANI e a Joana Mendonça.
Se as notícias são preocupantes espero sinceramente que elas não signifiquem voltar atrás na história e que o ecossistema afirme a importância de uma ANI ao serviço do país e de empresas que inovam e querem um futuro melhor.
#empresas #tecnologia #futuro # Inovação