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O Conselho de Jurisdição Nacional do CDS deu razão aos críticos da direção de Francisco Rodrigues dos Santos e apoiantes de Adolfo Mesquita Nunes e obriga ao voto secreto no Conselho Nacional do partido agendado para este sábado. O pedido tinha sido apresentado pela distrital de Lisboa e vai contra o que era defendido pela atual cúpula centrista. Com cinco votos a favor e dois contra, João Gonçalves Pereira, líder da distrital do partido que apresentou o requerimento, aplaude a posição tomada pelo Conselho de Jurisdição.
"Esta decisão prova que fizemos bem em perguntar ao tribunal do partido sobre a questão do voto secreto. Num partido democrático, este tipo de votações só podem ser feitas de voto secreto para garantir que é a plena liberdade de cada um dos conselheiros", diz à TSF o centrista, realçando que a decisão "tem de ser cumprida já", o que obriga a que cada membro do Conselho Nacional, vote a moção de confiança à direção de Francisco Rodrigues dos Santos, sem ser identificado.
Ouça as principais conclusões da decisão do Conselho de Jurisdição pela voz do líder da distrital de Lisboa, João Gonçalves Pereira.
Para Gonçalves Pereira, só esta decisão garante a liberdade dos conselheiros, sublinhando que tentar inviabilizá-la não seria possível. "Há uma separação de poderes dentro do partido, há estatutos que atribuem determinadas competências à jurisdição nacional do CDS, portanto os seus pareceres são passíveis de recursos apenas para o Tribunal Constitucional. A decisão só podia ser esta e é uma decisão sensata."
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O Conselho Nacional do CDS-PP reúne-se no sábado para discutir uma moção de confiança à direção nacional de Francisco Rodrigues dos Santos, cuja aprovação poderá não ser suficiente para travar um congresso eletivo.