As sugestões de Marcelo para reduzir custos: palco principal mais barato e um "altarzinho"

Desconfortável com o projeto principal que vai implicar um gasto de mais de cinco milhões de euros no Parque Tejo, Marcelo pediu à organização que reduza os custos da empreitada e trave tanto quanto possível os gastos no segundo palco.

Foi com choque e até alguma incredulidade que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reagiu ao saber que a Câmara Municipal de Lisboa se prepara para gastar mais de cinco milhões de euros no palco-altar para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Lisboa, e mais um a dois milhões num outro, no Parque Eduardo VII, conta o Expresso.

"Estão doidos." Terá sido esta a expressão que o chefe de Estado deixou escapar, em privado, ao inteirar-se do projeto. Para o Presidente da República, é nos planos para o parque que deve ser aplicado um travão maior.

Marcelo defende - e já o transmitiu à organização da JMJ, à câmara de Lisboa e ao Governo - que a infraestrutura deve ser menos ambiciosa, não passando de um altar que custe, no máximo, 100 a 200 mil euros. O Expresso adianta que tal ainda deve ser possível, uma vez que o projeto ainda está em fase de consulta.

Já sobre o palco-altar que deverá custar mais de cinco milhões de euros, o Presidente da República sugere uma reflexão profunda e, esta quinta-feira, lembrou que o projeto deve respeitar a "visão simples, pobre, não triunfalista" do papa Francisco.

"Ele próprio é o exemplo de uma forma de ser e de pensar que, mesmo que não estivéssemos em guerra e mesmo que não estivéssemos na situação social em que nos encontramos, convida à simplicidade", defendeu.

Há que "respeitar o período em que nos encontramos e respeitar a própria maneira de ser do papa, quer dizer, é um papa que é contrário àquilo que seja espaventoso", reforçou, manifestando a convicção de que "há de ser encontrada uma solução que seja simples, à medida daquilo que é o pensamento do papa".

Para tentar reduzir os custos do projeto, Marcelo aconselhou o autarca de Lisboa, Carlos Moedas, a falar com a Mota-Engil, empresa que ficou com a obra por ajuste direto, no sentido de tentar baixar o preço do projeto. Moedas foi, aos olhos do Presidente da República, "politicamente imprudente", escreve o Expresso, ao avançar com um projeto tão caro.

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