O presidente da Associação Transparência e Integridade duvida da possibilidade de cidadãos poderem vir ser assistentes em processos legislativos, embora classifique esta ideia de António José Seguro como positiva.
«Todas as ideias que reforcem uma aproximação dos cidadãos aos processos legislativos e vida partidária são tudo medidas positivas», adiantou o politólogo Luís Sousa.
Ouvido pela TSF, este especialista, que tem vindo a notar uma desconfiança dos cidadãos em relação às instituições políticas, lembrou que «cidadãos com conhecimentos específicos» já podem ajudar a que a legislação tenha melhor qualidade».
Contudo, Luís Sousa recordou que este «contributo não tem vindo a ser possível sobretudo nas áreas que têm a ver com a reforma do sistema político», onde os «principais intervenientes do sistema político têm atuado corporativamente».
«Nas reformas que foram feitas ao lei do financiamento político nunca foram chamados peritos nem sequer as entidades responsáveis pela aplicação do regime do financiamento político no terreno», exemplificou.
Portanto, «enquanto não virmos os mecanismos já existentes a serem colocados em prática fico com a suspeita do que o que vier de novo vai ter pouca aplicabilidade».
«Por muito que seja uma boa ideia não estou a ver vontade política para que esses instrumentos sejam aplicados», concluiu Luís Sousa.