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O Chega quer explicações, por escrito, por parte do primeiro-ministro, António Costa, do secretário de Estado Adjunto deste, António Mendonça Mendes, e do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a atuação dos serviços secretos, no caso do Ministério das Infraestruturas.
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André Ventura revelou, esta sexta-feira, que já avançou com um conjunto de questões aos dois governantes, depois de os pedidos de audição de tanto António Costa como António Mendonça Mendes terem sido chumbados pelo PS, na comissão parlamentar de inquérito à TAP.
"O Chega decidiu hoje submeter, fora da comissão parlamentar de inquérito, através de um mecanismo parlamentar habitual, um rol de questões, quer ao secretário de Estado António Mendonça Mendes, quer ao sr. primeiro-ministro, sobre a articulação e a intervenção do SIS [Serviço de Informações de Segurança]", anunciou André Ventura, em declarações aos jornalistas, esta tarde, na Assembleia da República.
"Essas questões já foram submetidas (...), para podermos saber efetivamente (...) o que aconteceu, quem determinou a atuação do SIS", referiu. "Era bom que estas questões fossem respondidas, elas são obrigatórias, o primeiro-ministro terá um prazo para responder, e era importante termos uma resposta quanto antes", sublinhou.
O líder do Chega admite também, sobre esta matéria, pedir o depoimento do chefe de Estado. "Não por qualquer suspeita sobre o Presidente da República", esclarece, "mas pelo contrário". "Neste momento, provavelmente, é o único agente em quem podemos confiar para saber a verdade desta atuação."
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Ventura quer, por isso, pedir ao Presidente da República que aceite "voluntariamente transmitir à comissão parlamentar de inquérito à TAP que informações lhe deu o primeiro-ministro".
Em causa está a ação dos serviços secretos na recuperação de um computador com informação alegadamente classificada sobre a TAP, que Frederico Pinheiro, antigo adjunto do ministro João Galamba, levou do Ministério das Infraestruturas.