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Apesar da luta da CDU pela garantia do subsídio de risco, insalubridade e penosidade para determinados trabalhadores, Jerónimo de Sousa diz que, salvo raras exceções, as câmaras socialistas e social democratas não o concedem.
De visita, esta tarde, aos trabalhadores dos estaleiros municipais de Montemor-o-Novo, onde a CDU tem a gestão da autarquia desde as primeiras eleições, o secretário-geral do PCP acusa o PS de ter, neste assunto, uma visão restritiva.
Jerónimo de Sousa foi aplaudido à chegada, na visita aos trabalhadores dos estaleiros municipais no Parque Industrial de Montemor o Novo. Não mais do que meia dúzia de trabalhadores para cumprimentar o secretário-geral do Partido Comunista, que foi levado a visitar as instalações, a nova cobertura para a maquinaria da autarquia e o novo espaço de convívio dos trabalhadores, no qual acabou por falar aos jornalistas.

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Objetivo da visita: valorizar os trabalhadores, lembrar 11 anos sem aumentos, e a resistência à Troika, que tentou passar o horário semanal de trabalho de 35 para as 40 horas. Aqui, aproveitou para lembrar a luta que a CDU, representada no parlamento pelo PCP e pelo PEV, trava para conseguir melhores condições de trabalho. Exemplo disso o subsídio de insalubridade e penosidade.
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A CDU viu aprovado o projeto de lei que atribui um subsídio a trabalhadores em condições de risco, penosidade e insalubridade, mas continua a existir uma "visão restritiva" do partido socialista. O secretário geral do PCP dá o exemplo concreto dos coveiros: "têm o subsídio quando estão a enterrar o morto, mas não têm direito ao subsídio quando não estão a fazê-lo".
A proposta comunista do subsídio de insalubridade e penosidade não morreu à partida, mas, na prática, Jerónimo diz que não é aplicada pelas autarquias socialistas e social democratas.