A crise climática foi o tema deste especial Autárquicas 2021, conduzido por Fernando Alves, com Teresa Dias Mendes e o cuidado técnico de Joaquim Pedro.
Estivemos em plena ria, numa língua de terra ainda firme entre marinhas, depois de transportados numa embarcação, da outra margem, no cais da Troncalhada, até às instalações da Ostraveiro. A rádio pedia uma concha onde pudéssemos reinventar o nascimento de Vénus, nesta grande maternidade de ostras.
Desta grande vidraça vimos uma guarita, um posto de observação na extremidade de um trilho palafitado. Nesta improvisada nave da rádio, a conversa não ficou encalhada, tal a qualidade dos convidados que passamos a apresentar:
João Miguel Dias, diretor do Departamento de Física da Universidade de Aveiro, grande conhecedor da hidrodinâmica da ria; investiga a dinâmica estuarina, as inundações costeiras, as alterações climáticas;
Myriam Lopes, doutorada em ciências aplicadas ao meio ambiente, com interesses de investigação em áreas tão diversificadas como a gestão da qualidade do ar, metabolismo urbano e economia circular, envolvimento dos cidadãos na política ambiental ou na adaptação às alterações climáticas;
David Carvalho, investigador do Laboratório de Meteorologia e Clima do CESAM (o centro de estudos do ambiente e mar) com particular interesse na investigação das alterações climáticas, na modelação atmosférica e na previsão do tempo e do clima;
Sara Moreno Pires, doutorada em ciências ambientais aplicadas, pela Universidade de Aveiro. Coordena um projecto relacionado com a pegada dos municípios;
E José Carlos Mota, professor da Universidade de Aveiro que deu o mote para a preparação desta emissão ao escrever no Jornal Público um artigo em que desafiava os candidatos autárquicos a assumirem um compromisso político em resposta à crise climática. O ponto de partida da reflexão de José Carlos Mota era o de que é fundamental um compromisso formal, à escala local, onde as mudanças se poderão materializar.
