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O BE manifestou-se esta segunda-feira contra a alteração do nome do pavilhão Rosa Mota e quer que a Câmara do Porto promova uma discussão alargada para o regresso daquele equipamento à esfera pública e municipal.
Em comunicado, a Comissão Coordenadora Concelhia do Bloco de Esquerda do Porto mostrou-se contra a nova denominação atribuída ao espaço hoje inaugurado após dois anos de obras de renovação, que vai passar a chamar-se Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota.

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No documento o BE quer "reverter de imediato esta apropriação indevida, impedindo a alteração do nome daquele que é e será, para o Porto, o Pavilhão Rosa Mota" ao mesmo tempo que pretende uma "discussão alargada na cidade que permita a renegociação do contrato e seu regresso à esfera pública e municipal".
Lembrando ter estado "contra a entrega do Palácio de Cristal a entidades privadas pela mão de Rui Rio, em 2009, a par do movimento que na altura se gerou no Porto" e que em 2014 "denunciaram na Assembleia Municipal o modelo de reabilitação deste equipamento municipal essencial à cidade, votando contra a proposta de entrega a privados apresentada por Rui Moreira", o BE aponta para as contas do município para justificar a sua posição.
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"Os sucessivos orçamentos apresentados pelo executivo camarário vieram a dar razão ao Bloco de Esquerda: seria possível avançar com uma reabilitação e gestão inteiramente pública e municipal deste equipamento, fazendo ainda reverter as receitas geradas a favor da cidade", refere o comunicado onde Rui Moreira surge como culpado.

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Lamentando que "não só o Pavilhão Rosa Mota ficará alheado da gestão pública durante 20 anos, como até a sua toponímia ficou subalternizada aos interesses privados e do negócio", o BE frisou ser Rosa Mota "uma figura marcante do desporto nacional e um símbolo de empenhamento e esforço que tanto diz à cidade do Porto".
