BE pede esclarecimento “rápido” e "transparente" ao Governo

O BE recordou hoje as dúvidas que sempre demonstrou face ao negócio dos submarinos, desafiando o Governo a colaborar com um esclarecimento “transparente” do caso, «em busca da verdade».

O Bloco de Esquerda (BE) manifestou-se, esta quarta-feira, «muito preocupado» com a existência de suspeitas de corrupção no negócio de venda de submarinos a Portugal, desafiando o Governo a colaborar no esclarecimento «o mais rápido e transparente possível».

O líder parlamentar do BE, José Manuel Pureza, lembrou ainda que o partido sempre alertou para a necessidade de “transparência” em relação a este negócio.

«Trata-se da confirmação dos piores cenários que levaram o Bloco, desde o princípio, a exigir que este negócio fosse muito mais transparente e é isso que agora, de novo, voltamos a fazer diante destas possibilidades. Ou seja, o Governo português deve dar todas as condições para que esta investigação cumpra as suas funções e que possa apurar toda a verdade. Só neste ano Portugal vai ter que pagar cerca de mil milhões de euros e portanto trata-se de algo que deve ser rodeado de todas as condições de rigor e transparência», sublinhou.

O líder parlamentar do Bloco de Esquerda destacou ainda que é “essencial” que o esclarecimento seja «o mais rápido e transparente possível».

O Governo português suspendeu hoje o cônsul honorário de Portugal em Munique, Jurgen Adolff, de «todas as funções relacionadas com o exercício do cargo», na sequência da investigação na Alemanha de suspeitas de corrupção na venda de submarinos.

A revista alemã Der Spiegel noticiou que um cônsul honorário de Portugal, que não identifica, terá recebido um suborno de 1,6 milhões de euros da Ferrostaal para ajudar a concretizar a compra de dois submarinos pelo Estado português em 2004.

De acordo com a Der Spiegel, o cônsul honorário terá também organizado, no verão de 2002, uma «reunião entre a administração da Ferrostaal e o antigo primeiro ministro português José Manuel Durão Barroso», actual presidente da Comissão Europeia.

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