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A líder do BE defendeu este sábado que "está completamente ultrapassada" a ideia de que as maiorias absolutas dão estabilidade, dizendo que "não foi nenhum partido da oposição" que criou casos que "fragilizaram sucessivos governantes".
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Na conferência de imprensa após a Mesa Nacional do BE, Catarina Martins foi questionada sobre uma frase do secretário-geral do PS, António Costa, que hoje acusou os adversários políticos de não perdoarem a maioria absoluta dos socialistas nas últimas legislativas e avisou que irão fazer tudo "para comprometer essa estabilidade".
Ouça as declarações de Catarina Martins.
"A ideia de que as maiorias absolutas dão estabilidade está completamente ultrapassada: nós tivemos uma maioria PSD/CDS-PP que cortou nos rendimentos dos trabalhadores e criou caos nos serviços públicos, temos uma maioria absoluta do PS que tropeça na sua própria incapacidade e nos seus escândalos" disse.
Pelo contrário, entre 2015 e 2019, na solução política que ficou conhecida como "geringonça" - maioria relativa do PS com apoio parlamentar do PCP, BE e Verdes -, Catarina Martins salientou que "não havia maioria absoluta e as pessoas sentiram estabilidade na sua vida".
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"A estabilidade da maioria absoluta será importante para o PS conseguir sobreviver, ao país não diz nada", disse.

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A coordenadora do BE admitiu que os vários casos e envolverem governantes "descredibilizam o Governo", tal como notícias de que só uma parte dos anunciados apoios à economia na pandemia chegaram à economia.
"Mas o senhor primeiro-ministro só se pode queixar de si próprio", disse.
Confrontada com outro anúncio de António Costa, que considerou inaceitável que as portagens possam vir a aumentar 10% como já admitiram as concessionárias, a líder do BE recordou que o compromisso dos socialistas passava por descer portagens no interior no Algarve e não apenas travar eventuais aumentos.
Hoje, no encerramento do Congresso federativo do PS/Castelo Branco, que decorreu na Covilhã, António Costa voltou a pedir "nervos de aço" ao PS e avisou que os adversários do partido "não perdoam aos portugueses terem garantido a estabilidade necessária para fazer reformas".
"Tudo fazem e tudo farão para comprometer a estabilidade que os portugueses decidiram que era necessária para responder à crise e construir um futuro sólido de confiança", disse.