O líder do Bloco, Francisco Louçã já fez as contas e refere que o programa de reabilitação urbana, que esta semana vai ser entregue no Parlamento, custa cinco mil milhões de euros.
«É, portanto, mais dinheiro que o TGV mas ao contrário de outras obras públicas nesta todo o investimento pode ser recuperado cêntimo a cêntimo num período curto», sublinhou.
O projecto de lei, que o Bloco quer ver discutido até ao Verão, tem duas ideias base: se o proprietário não quer fazer obras nas casas degradadas, paga um IMI pesado, que vai até cinco por cento.
Se o proprietário está descapitalizado e não tem dinheiro para fazer obras, o Estado paga essas obras mas fica com direitos sobre a casa: arrenda-a até cobrir o investimento feito. Só no fim desse tempo - que pode ir até dez anos - é que o proprietário recupera o imóvel.
«Este programa responde ao problema do desemprego, da vida urbana e da exclusão de um parte da importante da população das cidades médias e grandes e responde também ao problema do crescimento do endividamento», defendeu Francisco Louçã.
Para o Bloco de Esquerda, esta é a prioridade que o país deve ter em matéria de investimento.
Esta proposta já tinha sido avançada durante a campanha eleitoral e foi esta segunda-feira formalizada no Parlamento.
