Carla Castro avisa que IL deve existir "sem barões e caciques"

Candidata deixou um recado a Cotrim de Figueiredo, assinalando que os membros do partido não aceitam que lhes digam "quem deve ser o presidente".

A candidata à liderança da Iniciativa Liberal (IL) e deputada, Carla Castro, disse este sábado querer um partido em que "os membros são livres" e avisou que estes não aceitam que lhes digam "quem deve ser o presidente", sem "barões e caciques", numa achega a Cotrim Figueiredo.

Num discurso fortemente aplaudido na VII Convenção Nacional da Iniciativa Liberal, Carla Castro foi a últimas dos três candidatos a subir ao púlpito do Centro de Congressos, em Lisboa, para apresentar a sua lista à comissão executiva, defendendo um partido com "membros livres".

"Um partido em que os membros são livres, em que não aceitamos que nos digam quem deve ser o presidente", defendeu, acrescentando que "no país, no partido" e nas suas vidas os liberais "não são paus mandados".

Carla Castro rejeitou uma força política de "barões e caciques" e pediu uma IL "unida dentro para vencer fora".

Na abertura da mensagem desta tarde, a candidata quis assinalar que "cada indivíduo tem direito a viver em liberdade, sem que o Estado coloque limites", alertando que "se assim não for, falhámos enquanto povo".

Numa crítica aos partidos do sistema, que diz utilizarem as fragilidades dos eleitores para ganhar votos porque o elevador social "está estragado", Carla Castro defende "um país onde se volte por escolha" e sempre "liberal".

Se para "a esquerda estatizante", a IL era uma "força de direita", para a "direita estatizante", o partido "era uma força de esquerda", algo que a candidata não deixou passar: "Que confusão, ainda não perceberam que somos liberais."

Com foco nas legislativas, Carla Castro disse ser "preciso dar corda aos sapatos" do partido perante um Governo que está em queda e um PSD que "espera que o Governo lhe caia aos pés".

Afastando objetivos ou estratégias "populistas", garantiu que o seu projeto é "fazer política forma sustentada", com o partido a "voar mais alto" e "virado para a sociedade civil".

"Quero dizer que sim a reformas e a melhorias. Não somos resignados e não nos habituamos", atira.

A candidata aproveitou o discurso para agradecer ao adversário José Cardoso por apresentar uma candidatura, esperando que "na segunda-feira esteja na linha da frente" e também a Rui Rocha, "que continuará na linha da frente no combate ao socialismo".

Também a João Cotrim de Figueiredo, e apesar das críticas internas, Carla Castro deixou palavras de agradecimento, garantindo que "o sucesso dele não será apagado".

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