Carlos Brito considerou, esta segunda-feira, que o encontro que dirigentes do PCP e do Bloco de Esquerda vão ter na sexta-feira é uma iniciativa promissora, dado que existe uma «aproximação» entre os dois partidos.
À TSF, este ex-dirigente do PCP espera que esta reunião promova uma «qualquer plataforma de acção conjunta» que «não fique limitada a estes dois partidos, mas que procure congregar também outras forças de Esquerda que estão dispersas».
«Estou a pensar desde logo na Renovação Comunista e também no Movimento de Intervenção e Cidadania (MIC), que tiveram aglomerados em torno da candidatura de Manuel Alegre. O PS é outra situação a considerar», acrescentou.
Já o bloquista Daniel Oliveira admite que não há condições para uma «coligação eleitoral» entre os dois partidos, mas defende que estas forças partidárias podem definir áreas de entendimento para a eventualidade de virem a fazer parte de um eventual governo de salvação nacional.
Em declarações à TSF, este comentador e cronista considerou, no entanto, possível «alguma concertação estratégica de um conjunto de exigências para apresentar nas eleições como condições para participar num governo de salvação nacional».
Para este militante do Bloco de Esquerda, entre estas condições estaria uma «reforma fiscal para distribuir de forma mais equitativa os sacrifícios exigidos, a revisão das parcerias publico-privadas, uma posição sobre as privatizações e uma posição que defenda uma renegociação da dívida».
