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A lei que define as normas para afixar propaganda eleitoral tem mais de 30 anos. É de 1988 e diz apenas que compete às câmaras definir os prazos e as condições para a remoção dos meios utilizados. Isto depois de ouvidas as entidades que os afixaram, que normalmente são os partidos, a quem compete a responsabilidade de os retirar.
O Jornal de Notícias deu uma volta pelo país e concluiu que, pelo menos no que respeita às autárquicas de há duas semanas, os independentes são os mais rápidos e a esquerda a mais relaxada. O presidente da Associação Nacional de Movimentos Autárquicos Independentes, eleito para a Câmara da Marinha Grande, garante que a propaganda dos candidatos que não alinharam com nenhum partido foi praticamente toda retirada ainda antes das 22h00 do domingo da votação, ou seja, quando ainda nem eram conhecidos todos os resultados.
No Porto, Rui Moreira também foi rápido. Demorou dois dias a remover todos os 14 outdoors. Já o adversário socialista, Tiago Barbosa Ribeiro, ainda pode ser visto em alguns cartazes, mas promete resolver o problema em menos de duas semanas.
A CDU, o Bloco de Esquerda e o PAN - partido que tem o ambiente como bandeira - são os grandes poluidores na maioria dos concelhos do grande Porto. Contactado pelo JN, o PCP diz apenas que já começou a retirar os cartazes. O Bloco e o PAN também, fazendo questão de dizer que os suportes usados para a propaganda eleitoral estão agora a ser reutilizados para passar outro tipo de mensagens.