- Comentar
O CDS-PP exige explicações urgentes do ministro da Administração Interna sobre a eventual incompatibilidade do secretário de Estado da Proteção Civil, na sequencia da notícia que revela que o seu o seu filho celebrou pelo menos três contratos com o Estado.
Em declarações à TSF, Telmo Correia do CDS exige que o ministro Eduardo Cabrita se manifeste a propósito do "acumular de acontecimentos e factos negativos na área do ministério da Administração Interna, que neste momento parece um caos completo".
Para o dirigente e deputado centrista, até agora as declarações de Eduardo Cabrita sobre a polémica dos kits de autoproteção distribuídos pela Proteção Civil às populações abrangidas pelo programa Aldeias Seguras foram insatisfatórias e "algumas até bastante arrogantes, atacando um presidente de câmara e a comunicação social."
O ministro da Administração Interna considerou, inicialmente, "alarmistas e irresponsáveis" as notícias sobre os kits de autoproteção, mas entretanto mandou investigar a forma como foi feita esta compra.

Leia também:
Governo autorizou ajuste direto para golas e kits de autoproteção
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
Telmo Correia quer ouvir o que Eduardo Cabrita tem a dizer sobre os "factos gravíssimos" conhecidos nos últimos dias - primeiro o secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, dizia não saber nada sobre as empresas indicadas para compra dos kits de autoproteção, agora sabe-se ainda que o filho deste secretário de Estado celebrou pelo menos três contratos com o Estado, já depois de o pai ter assumido funções governativas.

Leia também:
Filho de secretário de Estado da Proteção Civil fez três contratos com o Estado
O caso "pode revelar uma incompatibilidade", mas "sobre isto, o ministro da Administração Interna nada", condena.
Logo que seja possível Eduardo Cabrita devia "esclarecer o país".
Terá se pronunciar, "com sensatez e humildade e não com a arrogância que ouvimos nos momentos recentes", acrescenta.
Para Telmo Correia "este silencio só pode significar uma coisa: que o Governo está claramente fragilizado" num momento crítico para o combate aos incêndios.
