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O primeiro dia de campanha oficial da CDU começou em Moura, onde André Ventura é o candidato do Chega à Assembleia Municipal. Sem qualquer menção direta, mas com várias indiretas, a coligação PCP-PEV quer recuperar a câmara local das mãos de um PS que continua "amarrado às políticas de direita", a nível nacional, e que a nível local está a meter água.
O secretário-geral do Partido Comunista Português, Jerónimo de Sousa chegou a Moura debaixo de chuva torrencial, para um encontro com a população, que estava marcado para o Largo General Humberto Delgado, mas que, à última hora e devido ao estado do tempo, teve de passar para o cineteatro local. Mas até mesmo no interior a chuva conseguiu entrar. O encontro com a população cometeu água, sem culpa da CDU. João Ramos, mandatário da campanha, fez questão de lembrar a gestão local que os socialistas têm feito nos últimos anos no concelho de Moura, dando como exemplo o espaço do cineteatro que "meteu água".
A Câmara de Moura é socialista, mas se o PS não resolveu os problemas do concelho, a nova força política que agora se apresenta, o Chega (que a CDU nunca mencionou diretamente) conseguirá? "Não são aqueles que agora caídos do céu fazem aqui apenas mais uma etapa do seu percurso político que serão a solução para o concelho de Moura".
Ouça a reportagem TSF neste primeiro dia de campanha oficial da CDU
Aos que "caem do céu" chamam-lhe os "populistas", mas ao contrário do que parece, o populismo já estava em Moura, e quem o diz é o candidato à Câmara, pela CDU, André Linhas Roxas. "Já cá estavam há muito tempo. O populismo e a demagogia já cá estavam há muito tempo e têm um nome, é o Partido Socialista, que é o nosso principal adversário. Não se distraiam com fantoches, que esses só servem para distrair".
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Com "fantoches" de parte, Jerónimo de Sousa apontou críticas ao PS, que diz ser uma coisa em Moura e outra em Lisboa e que acusa de "continuarem amarrados à política de direita". Jerónimo de Sousa culpa ainda o PS de usar o dinheiro que está a chegar ao país, vindo da bazuca europeia, como cenoura para transferir encargos para as autarquias, reduzindo o investimento público que cabe ao Estado.

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