Chega diz que plano do Governo é "vazio, tardio" e sem efeito na "vida real"

André Ventura fala de um conjunto de medidas que constituem "uma fraude política, uma fraude financeira e uma fraude fiscal".

O presidente do Chega considerou esta segunda-feira que o plano de apoio às famílias para mitigar os efeitos da inflação é "vazio e tardio" e que as medidas anunciadas pelo Governo constituem "migalhas" face às necessidades dos portugueses.

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, em Lisboa, André Ventura considerou que o Governo apresentou "um plano vazio, tardio e que não tem nenhuma repercussão na vida real das pessoas".

"Este plano é uma fraude política, uma fraude financeira e uma fraude fiscal", acusou, considerando que "não se traduzirá em quase nada no bolso dos portugueses e não vai certamente conter a inflação, que vai continuar a galopar".

O líder do Chega considerou também que o plano "é uma migalha" em comparação com o aumento do custo de vida, além de uma "fraude e uma ofensa às famílias".

"São migalhas face à fortuna que o Governo tem arrecadado com inflação e com o aumento do custo de vida", criticou Ventura.

Apontando que o Chega esperava que as medidas anunciadas pelo Governo "respondessem aos reais anseios da população", o líder do partido de extrema-direita apontou que "o total do pacote que o Governo hoje anunciou tem o valor de quatro mil milhões de euros, só em IRS o Governo cobrou 12 mil milhões de euros com a inflação, só em IVA 11,5 milhões de euros".

O primeiro-ministro, António Costa, apresentou hoje as medidas excecionais de apoio às famílias para mitigar os efeitos da inflação, após uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros.

São oito as medidas detalhadas pelo primeiro-ministro, que ascendem a 2.400 milhões de euros em termos de impacto na despesa.

Esse pacote de medidas inclui, entre outros, um pagamento extraordinário de 125 euros a cada cidadão não pensionista com rendimento até 2.700 euros brutos mensais e a atribuição de 50 euros a todas as famílias por cada descendente até aos 24 anos que tenham a seu cargo.

André Ventura apontou que, em altura de regresso às aulas, este valor "nem sequer paga o material escolar" e criticou que seja um pagamento único.

Quanto às pensões, afirmou que "o Governo não está a dar nenhum aumento", o que está a fazer é "antecipar um aumento que já estava previsto para o próximo ano".

"É uma fraude, verdadeiramente, porque se altera a forma de cálculo das pensões e se atribui um valor que já era para ser recebido no próximo ano. Não é um aumento, é uma antecipação que é apresentada como um aumento", defendeu, acusando o primeiro-ministro de "faltar à verdade".

O líder do Chega considerou também que o Governo não deu resposta no que toca aos combustíveis e ao gás, defendendo que "era hoje a oportunidade" para descer o IVA dos combustíveis.

De acordo com o comunicado da reunião do Conselho de Ministros, o Governo decidiu "o pagamento aos pensionistas de 14 meses e meio de pensões, em vez dos habituais 14 meses" e o "prolongamento da vigência até ao final do ano da suspensão do aumento da taxa de carbono, da devolução aos cidadãos da receita adicional de IVA, e da redução do ISP".

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