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O PS pediu esta quarta-feira esclarecimentos à ministra da Saúde sobre a proibição de visitas aos internados no serviço de adolescentes e jovens adultos do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, com contactos apenas permitidos através de janelas fechadas.
Esta pergunta formal dirigida a Marta Temido é encabeçada pela deputada socialista Telma Guerreira, sendo também assinada pela vice-presidente da Assembleia da República Edite Estrela, pelo líder da JS, Miguel Costa Matos, e por Hortense Martins, Sónia Fertuzinhos, Alexandra Tavares de Moura, Elza Pais, Bruno Aragão, Ivan Gonçalves, Diogo Leão, Fernando Anastácio, entre outros.
Este grupo de deputados socialistas refere que o jornal Público noticiou recentemente que, por causa da pandemia da Covid-19, "no Serviço Partilhado de Adolescentes e Jovens Adultos do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, durante mais de um ano e meio, as visitas não foram autorizadas e o contacto entre familiares e amigos e jovens internados decorreu através de janelas fechadas".
"Na mesma notícia é referido que a administração desconhecia a situação", ressalvam logo a seguir estes deputados do PS.
Para este grupo de deputados do PS, o país está perante um assunto que "merece esclarecimento", designadamente no sentido de se saber se o Ministério da Saúde "está em condições de esclarecer a preocupação exposta".
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Em caso afirmativo, estes deputados querem saber que medidas o Ministério da Saúde tomou "para mitigar a situação" naquele serviço psiquiátrico.
"Que mecanismos de monitorização existem entre a tutela e os hospitais que permitam introduzir alterações nos procedimentos a tempo de evitar dificuldades aos utentes e aos seus familiares? Se não existem estes mecanismos, está a tutela a ponderar introduzi-los?", questiona-se ainda.
A deputada do PS Telma Guerreiro, primeira subscritora do pedido enviado à ministra da Saúde, afirma à TSF que é urgente esclarecer os contornos deste caso porque, a confirmar-se, é um verdadeiro choque.
"Aquilo que é relatado é que foram proibidas as visitas dos familiares aos jovens internados e preocupa-nos e choca-nos a forma como as visitas supostamente foram conduzidas. O facto de o familiar falar atrás de uma janela fechada com o jovem que está internado claro que nos choca e não podemos aceitar que seja esta a forma de visita de alguém que está a viver uma situação frágil e a família tem um papel importantíssimo neste processo. É importante percebermos porque estamos a falar de uma instituição que tem seriedade no seu trabalho e de um contexto familiar que é importante avaliarmos e percebermos", explicou Telma Guerreiro.
Ouça as declarações da deputada do PS à TSF
A deputada socialista explica ainda o que querem ver respondido por parte da ministra Marta Temido.
"Por um lado manifestar a nossa preocupação. Deixa-nos preocupados esta leitura sobre esta notícia e queremos tentar perceber se esta situação tem verdade. Se tiver verdade, como é que pode acontecer e de que forma podemos mitigar estas situações para que não voltem a repetir-se", acrescentou a deputada do PS.