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Em Fafe, com largas dezenas de pessoas nas ruas, os habitantes pediram a António Costa para que impedisse a extrema direita de chegar ao poder. O líder socialista respondeu que "o voto certo e seguro é no PS", e voltou a garantir que um Governo socialista "não fica refém" do Chega e de André Ventura.
Das 25 freguesias, 17 são do PS e, na câmara municipal, os socialistas têm maioria absoluta, com António Costa a fazer um pequeno percurso pelas ruas da cidade em terreno confortável. "Viva o Costa" foi a frase que mais se ouviu, mas também seguiram pedidos, a pensar no dia seguinte a 30 de janeiro.
Ouça a reportagem de Francisco Nascimento em Fafe
"Não deixes entrar o Chega", atirou um habitante, com Costa a responder "vamos lutar". Já uma fafense foi mais longe, e acrescentou que "se não votarmos nele, lá vai a liberdade".
Em declarações ao jornalistas, no final da arruada, António Costa sublinhou que "o voto certo e seguro é no PS", porque "tem um programa claro e não escondido, com soluções de governabilidade que não ficam reféns da extrema-direita".
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António Costa definiu ainda o objetivo de "continuar a crescer acima da média europeia", com melhores salários e menos impostos, mas também uma subida das pensões.
"Se há algo que as pessoas sentem como muito necessário é que o sistema de Segurança Social continue a reforçar, por um lado, a sua sustentabilidade, mas também de melhorar as suas pensões. E é isso que é necessário: que haja uma maioria na Assembleia da República que permita mesmo que prossigamos os aumentos extraordinários das pensões mais baixas", disse.
Questionado se essa é uma maioria à esquerda, com Bloco de Esquerda e PCP, António Costa voltou a fugir à questão, salientando que "é uma maioria com os portugueses".
"O nosso programa tem a ver com as necessidade reais do país. O que é necessário é que possamos sair das eleições com as condições de diálogo e construção que assegurem estabilidade", afirmou, recusando revelar os parceiros preferências para viabilizar um futuro Governo, caso o PS vença as legislativas.
Depois de António Costa ter anunciado que o PIB cresceu 4,6 por cento em 2021, o Instituto Nacional de Estatística (INE) esclareceu que o resultado só vai ser anunciado a 31 de janeiro. Ainda assim, questionado pelos jornalistas, se esta foi um trunfo eleitoral, o primeiro-ministro garante que são apenas previsões.
"Não citei INE nenhum, disse quais são as previsões com que estamos a trabalhar. O INE revelará os seus números quando os tiver. Não percebo essa questão", atirou.

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