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A conferência de imprensa do Livre marcada para o início da tarde desta sexta-feira não teve a presença de jornalistas das televisões. Isto acontece depois de Rui Tavares, durante a manhã, ter anunciado levar as televisões à justiça por não terem incluído o partido nos debates de pré-campanha para as eleições legislativas de janeiro.
"É, evidentemente, estranho que sejam as televisões a estar em blackout em relação a um partido. Às vezes acontece o contrário, mas é a primeira vez que vemos que são as televisões a estar em blackout", acusou o dirigente do Livre.
De acordo com Rui Tavares, a RTP não respondeu aos contactos informais feitos pelo partido. Já a SIC e a TVI deram duas justificações: "Ou de tipo logístico, [porque] dá 36 debates se incluirmos o Livre e 36 debates são muitos debates, como se 28 não fossem também muitos debates. Ou argumentos especiosos, do género isto são frente-a-frente e os frente-a-frente não são debates."
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Dada a situação, o dirigente do Livre pede aos outros partidos que intervenham. "Porque é que os partidos maioritários que aprovaram esta lei na Assembleia da República veem a sua lei ser torpedeada e não têm uma palavra para defender, eu não diria o Livre, mas a lei que eles fizeram aprovar", apela.
Rui Tavares espera uma decisão rápida da justiça e garante que "este caso vai ter cenas dos próximos capítulos" e acredita que "o guião não está escrito como alguns pensam que o escreveram".

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À TSF, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social assegura que até ao momento não recebeu qualquer participação sobre o caso e esclarece que está atenta à forma como a comunicação social cumpre a obrigação, determinada pela lei de garantir que os debates por si promovidos respeitam o equilíbrio, representatividade e equidade no tratamento das candidaturas, devendo ter em conta a representatividade política e social das mesmas. A nota não revela se a entidade tenciona tomar posição sobre este assunto.