Costa adverte para risco de "medidas ainda mais restritivas"

Chefe de Governo garante que não há "alarme" quanto à capacidade de resposta do SNS.

O primeiro-ministro, António Costa, reiterou esta sexta-feira que não gosta das medidas preventivas obrigatórias contra a Covid-19 que propõe, mas advertiu que a alternativa poderá ser a adoção, dentro de poucas semanas ou meses, de outras ainda mais restritivas.

"Claro que eu não gosto das medidas [utilização obrigatória de máscara de proteção e da aplicação StayAway Covid]. A questão é saber se essa medida é necessária, é útil para conter a transmissão da pandemia, e se não é melhor recorrer a esta medida agora assim do que estar daqui a umas semanas ou daqui a um mês ou daqui a dois meses a ter que impor medidas muito mais restritivas, como seja dizer: «olhe, pura e simplesmente não poder ir à rua, nem com máscara nem sem máscara", declarou.

Costa falava à imprensa no final de um Conselho Europeu, em Bruxelas, no dia em que Portugal regista o valor diário mais elevado de novos casos de infeção desde o início da pandemia de Covid-19 (2.608) e 21 mortos.

"E a questão que eu coloco mais uma vez é que com este ritmo de crescimento da pandemia que estamos a ter, se nós não adotamos agora medidas desta natureza, se calhar vamos estar daqui a uns tempos a ter de tomar medidas muito mais constringentes das liberdade, desde logo da liberdade de movimento, como adotámos no início desta pandemia", enfatizou.

O papel do SNS

António Costa garante que "não há um número mágico" de casos de Covid-19 em Portugal para apertar as medidas e dá conta de que embora o país registe valores elevados, são numa "faixa etária que não constituí grande pressão para o SNS".

Por isso, refere, "temos de ir articulando as medidas, sendo que o SNS tem capacidade harmónio", com as camas exclusivas para Covid-19 a poderem "aumentar se assim se tornar necessário". Certo, garante, é que "neste momento não há nenhuma situação de alarme em relação à capacidade de reposta do SNS".

Sobre a gestão das áreas urbanas, o primeiro-ministro refere que, tal como até aqui, é necessário "jogar" com o teletrabalho.

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