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António Costa deixa a formação do Governo nas mãos de Marcelo Rebelo de Sousa, que "decidirá quem deve Governar", numa altura em que as sondagens demonstram todos os cenários em aberto. Nos derradeiros momentos da campanha, na tradicional descida do Chiado, o líder socialista mostrou-se pronto para entrar ao trabalho logo a 31 de janeiro.
Este ano, a tradicional descida do Chiado teve um trajeto mais curto. Ao contrário do habitual, a arruada terminou na rua do Carmo, e não seguiu para a Praça do Comércio, um local de má memória para António Costa.
Há dois anos, o primeiro-ministro envolveu-se numa acesa troca de palavras com um cidadão, que o provocou, num momento que marcou o final da campanha de 2019. A juntar a esse episódio, a comitiva do PSD fez o mesmo trajeto meia hora mais tarde.
Ouça a reportagem da TSF.
A caravana socialista contou com o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, a deputada Edite Estrela e, ao lado de António Costa, Ana Catarina Mendes e Fernando Medina: uma imagem a fazer lembrar a arruada de setembro, no final da campanha para as eleições autárquicas.
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Além das principais figuras, centenas de pessoas desfilaram pela rua lisboeta, com bandeiras, rosas e gritos de "vitória", mostrando confiança para o próximo domingo, apesar das sondagens mostrarem um vencedor incerto.
Aos jornalistas, a meio da arruada, António Costa disse que cabe a Marcelo Rebelo de Sousa chamar o partido para formar Governo, e "apenas no domingo à noite se vai saber os resultados".

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"Em função dos resultados, o Sr. Presidente da República designará a quem cabe a iniciativa de formar o Governo. Em função disso, iremos trabalhar", disse.
Questionado sobre se será o partido mais votado a formar Governo, António Costa disse apenas que "o Presidente da República decidirá".
"A nossa função é dizermos ao que vimos e, em função dessa clareza, as pessoas podem escolher", acrescentou, numa crítica ao PSD que tem "o programa escondido".
Já sobre Rui Rio, António Costa vê o adversário "demasiado empolgado" e pede "cada coisa a seu tempo".
"O meu adversário decreta por antecipação os resultados, distribuiu pastas entre ele e os seus ministros", atirou.
A comitiva do PS segue para o Porto, onde habitualmente encerra as campanhas eleitorais, para um comício com início às nove da noite, para as últimas palavras de apelo ao voto.