Costa e a liderança do PS: "A minha disponibilidade não inviabiliza a vontade de quem quer que seja"

António Costa está para ficar na liderança do PS, assim queiram os militantes. "Não é o momento para virar costas", diz em entrevista à TSF.

Há dois anos António Costa avisou que não estava pronto para "meter os papéis para a reforma" e hoje, aos 59 anos, mantém a disponibilidade para liderar o PS.

"Estou de boa saúde, com uma vontade acrescida e um sentido de responsabilidade muito grande de que não é este, seguramente, o momento para virar costas ao país e ao governo. Pelo contrário, é mesmo o momento para me concentrar ativamente nestas funções porque é nestes momentos de crise que mais necessários somos", garante o Primeiro-Ministro e Secretário-geral do PS, em entrevista à TSF .

Questionado sobre se os interessados na sucessão vão ter de esperar mais um pouco, António Costa lembra que a porta está aberta para quem decidir avançar e que "isso é uma opção dos próprios".

"A minha disponibilidade não inviabiliza a vontade de quem quer que seja, que se sinta em boas condições para o poder fazer e o queira fazer", sublinha Costa lembrando que "o PS é um partido que se honra muito em ter na sua matriz fundadora, uma enorme liberdade interna e nunca ninguém restringiu a possibilidade de alguém se candidatar à liderança".

António Costa vinca, por isso, que a disponibilidade agora reafirmada "não condiciona de forma alguma a disponibilidade de outros".

Sobre a eventualidade de um terceiro mandato como primeiro-ministro, António Costa diz não ter "um calendário na cabeça" mas não espera reformar-se "no exercício das funções do primeiro-ministro".

"Espero que que a saúde me permita não terminar a minha vida nestas funções e que haja mais vida para além das funções que estou a desempenhar", afirma Costa lançando um olhar para o futuro.

Por agora, António Costa considera que o dever é "concentrar 100% da vontade, energia e pensamento" no exercício das funções de Primeiro-Ministro e garante que "não as deixarei de exercer enquanto for essa a vontade dos portugueses e eu me sentir em condições".

"Acho que ao longo da minha vida consegui sempre perceber quando era o momento de sair e quando era o momento de chegar às diferentes funções: "Espero manter essa lucidez de não ficar tempo a mais do que devo ficar, nem sair mais cedo do que devo sair", afirma em entrevista à TSF.

Depois do adiamento do congresso previsto para este mês de maio, António Costa remete como nova data possível o primeiro trimestre do próximo ano, "para preparar as eleições autárquicas".

Ainda esta semana vão ser retomadas as reuniões dos órgãos nacionais do PS.

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