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O primeiro-ministro, o ministro das Finanças e o ministro das Infraestruturas estiveram na cerimónia que selou o contrato entre o Estado e a CP - Comboios de Portugal, numa altura em que os governantes recordaram que a ferrovia é umas das prioridades do Governo PS e que este acordo é mais uma prova disso.
António Costa acredita que este investimento na ferrovia pode ser o impulso para o desenvolvimento de uma base industrial ferroviária, mais precisamente na manutenção e na produção de material circulante, para o país mas também para exportar.
"A CP pode ser um fortíssimo motor para a criação de uma nova área de competência industrial em Portugal, designadamente na área da manutenção e de novo na produção de material circulante. Esta é uma enorme oportunidade que temos. Não é garantido que a possamos alcançar, mas a vida já nos ensinou que quem não tenta não alcança", afirmou o líder do Executivo.
Costa considera que "Portugal não pode deixar de tentar alcançar o objetivo de criar uma base industrial na indústria ferroviária, servindo a CP, mas também com o objetivo de constituir uma nova porta de exportação para a economia portuguesa", defendeu.
O primeiro-ministro admite que o Estado "admite obrigações pesadas" com este contrato. Costa reforça que "já para o ano 90 milhões de euros".
António Costa realça que esta aposta na ferrovia é também uma "contribuição para a descarbonização, para a qualidade de vida dos portugueses, para a maior coesão territorial e uma economia mais positiva".
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Depois de décadas de olhos postos na rodovia, como recorda o chefe do Executivo, está agora em andamento o "maior programa de investimento na ferrovia".
A "qualidade do serviço" foi enaltecida nos vários discursos, com Costa a apontar este facto como fundamental para as pessoas poderem "confiar na CP" e verem o "transporte público ferroviário como uma alternativa".
"É um esforço sem precedentes"

© José Sena Goulão/Lusa
Em sintonia com António Costa está o ministro das Infraestruturas. "Estamos a fazer um esforço sem precedentes, mas que demora tempo", atirou Pedro Nuno Santos, que recordou as palavras do primeiro-ministro no debate quinzenal, afirmando que "não há comboios em stand, nem sequer em stock".
Com a linha de comboio como pano de fundo, o ministro recordou que há três pontos fundamentais: a regularidade, a pontualidade e a higiene. Como tal, o objetivo está traçado e é só seguir a linha: "Ter comboios mais limpos, que apareçam horas e que cumpram os horários."
Pedro Nuno Santos acredita que este é um "momento muito importante para a CP" e agradece a quem "tem permitido colocar a ferrovia no topo das prioridades", referindo-se ao primeiro-ministro, e também à administração da empresa. Atingiu-se, diz, uma "relação de maturidade", e "é assim que o Estado e as empresas se devem relacionar".