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O primeiro-ministro, António Costa, defendeu este sábado que os países do espaço ibero-americano devem constituir uma "aliança para a transição energética", num discurso em que reafirmou o apoio e pediu empenho no acordo UE/Mercosul.
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"Nós devemos ser uma grande aliança para a transição energética, porque temos todas as condições para isso. Desde logo, recursos", afirmou António Costa na 28.ª Cimeira Ibero-Americana em Santo Domingo, República Dominicana.
Quanto aos "acordos comerciais que há muito tempo se arrastam" da União Europeia "com Chile, México e em particular o Mercosul", o primeiro-ministro manifestou "enorme expectativa" que possam avançar na presidência espanhola do Conselho da União Europeia, no segundo semestre deste ano.

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"O custo de não fazermos é muito superior ao custo de fazermos, e por isso faço aqui um apelo a todos para que nos empenhos para que a presidência espanhola seja coroada de sucesso nesta dimensão", disse.
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Em defesa de uma maior cooperação no setor da energia no espaço ibero-americano, António Costa referiu que "as maiores reservas do mundo de lítio estão aqui na América Latina" e "as maiores reservas de lítio na Europa estão em Espanha e em Portugal".
Por outro lado, salientou que Espanha e Portugal acordaram com França a construção de um gasoduto para o transporte de hidrogénio.
"O que significa que esse hidrogénio verde que pode ser aqui produzido, pode ser transportado por barco, pode ser depois distribuído para toda a Europa, para o centro da Europa", acrescentou.
O primeiro-ministro apontou ainda o "cabo digital de alta qualidade" entre a América Latina e a Europa: "É uma gigantesca oportunidade para desenvolvermos em conjunto toda a economia com base nos dados, com base na inteligência artificial. E essa infraestrutura deve ser posta ao serviço do desenvolvimento de todos nós".