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O primeiro ponto da caravana socialista foram os Açores, terra onde o PS perdeu a maioria absoluta em 2020, e que António Costa utilizou para chamar os "fantasmas da direita". Entre críticas às propostas do PSD, o atual primeiro-ministro lembrou que, depois dos socialistas perderam a maioria, "acordamos com um Governo de toda a direita apoiado pelo Chega".
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António Costa voltou a pedir a mobilização dos portugueses, para que a 30 de janeiro o PS alcance o objetivo da maioria absoluta, e lembrou que "não há vitórias antecipadas".
Ouça a reportagem da TSF.
"Ninguém ganha as eleições nas sondagens, a vitória só existe somados os votos na urna", disse, pedindo que a experiência nos Açores "seja a vacina para todo o país e que todos se mobilizem para garantir uma maioria do PS".
Sem nunca referir os partidos à esquerda ou o PAN, o líder socialista acrescentou que só "a maioria do PS impede um Governo de toda a direita, incluindo a extrema-direita".
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Perante os açorianos, António Costa referiu que "é tempo de progresso e não de retrocesso como a direita quer", como no Serviço Nacional de Saúde (SNS), na Segurança ou na Justiça.

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"Nós não queremos, como a direita quer, um SNS onde a classe media +asse a ser obrigada a pagar os cuidados prestados pelo SNS. Um SNS mais forte é progredir, um SNS pago pela classe média é regredir", disse.
António Costa voltou a falar nas "aventuras da direita", excluindo que este seja tempo para o país "adiar a subida do salário mínimo" ou "congelar a descida do IRS".
"Este não é tempo para aventuras, mas também não é tempo para adiar a subida do salário mínimo ou congelar a descida do IRS. Não, não tenhamos ilusões, quem não quer subir o salário mínimo, muito menos quer subir o salário médio ou os outros salários", apontou.
O líder socialista fala em "novas aventuras" também na Justiça, lançando o argumento que marcou o debate frente a Rui Rio: o PSD quer "assegurar o controlo pelo poder político do Ministério Público (MP)".
António Costa afirmou mesmo que o PSD, com a reforma da Justiça, "o que pretende única e exclusivamente" é acabar com a autonomia do MP.
Ao longo do discurso, o atual primeiro-ministro reforçou que o Governo tem um Orçamento do Estado pronto a entrar em vigor, mas que precisa de uma "maioria do PS" para assegurar a viabilização na Assembleia da República.

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