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São vizinhos de bancada no Parlamento, mas, frente a frente, não pouparam nas munições. André Ventura e João Cotrim Figueiredo discordam em quase tudo, desde logo na leitura que fazem do adversário. Se, para o líder da IL, "o Chega não é confiável, porque André Ventura diz tudo e o seu contrário", para Ventura, "a Iniciativa Liberal não é de esquerda nem de direita. É do lucro".
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Sem perder o ritmo, os presidentes dos dois partidos da direita parlamentar trocam acusações sobre Novo Banco, TAP, drogas leves e cursos superiores, com o líder da Iniciativa Liberal a lançar mais uma farpa.
Para Cotrim Figueiredo, além de não ser confiável, "o Chega não é competente". Exibindo cópias dos programas dos dois partidos, o líder da IL sustenta: "O resumo do nosso programa tem mais densidade que o programa do Chega todo. Já vi trabalhos do secundário com mais densidade".
Segurança social e pensões trazem à coação mais diferenças, com Ventura a reescrever argumento dos apoios sociais, que descreve como sendo "a bandalheira total". "Ontem tivemos a notícia de que havia indivíduos a receber apoios sociais que andavam de Porsche", asseverou, com Cotrim a reagir com ironia. "Esta é a grande novidade do debate. É que os Mercedes passaram a Porsches", ripostou.
E se o futuro levasse Rui Rio a São Bento, os dois potenciais parceiros também fariam leituras distintas. Ventura defende que "Rui Rio nunca seria o primeiro-ministro que Portugal precisa". Já o líder da Iniciativa Liberal considera que se "Rio tiver um bom programa e parceiros que o obriguem a cumpri-lo, pode ser um primeiro-ministro", acrescentando que "precisa da IL" como parceira.
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Se Rio os compra ou não, logo se vê. A campanha ainda vai no adro...