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O ministro dos Negócios Estrangeiros considerou esta terça-feira ter condições para se manter no cargo, afirmando que já teria apresentado a demissão se entendesse o contrário.
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"Se não achasse [que tenho condições] já teria apresentado a minha demissão e já me teria ido embora", afirmou João Gomes Cravinho, que tutelou a Defesa entre 2018 e 2022, antes de transitar para o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O governante falava numa audição na comissão parlamentar dos Negócios Estrangeiros e respondia ao líder parlamentar da Iniciativa Liberal (IL), Rodrigo Saraiva, que momentos antes o tinha interrogado sobre o assunto e referido algumas polémicas que o envolvem, designadamente a da derrapagem nos custos das obras do Hospital Militar de Belém.
"Não há razão nenhuma para eu fazer isso na medida em que tudo aquilo que tem a ver com a minha vida privada ou com a minha atuação anterior, enquanto ministro da Defesa Nacional, eu posso explicar com total satisfação, para mim próprio, desde logo, e estou à disposição aqui na Assembleia da República para se aprofundar as matérias que quiserem", declarou.
O ministro rejeitou ter dado qualquer autorização tácita ao aumento dos custos com obras no Hospital Militar de Belém, reiterando que não recebeu qualquer pedido nesse sentido.
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Numa audição na comissão parlamentar dos Negócios Estrangeiros, a deputada social-democrata Paula Cardoso questionou o ministro - que tutelou a Defesa entre 2018 e 2022 - sobre o ofício noticiado na última edição do Expresso, datado de março de 2020, no qual Gomes Cravinho foi informado da derrapagem no custo das obras no antigo Hospital Militar de Belém, alegando que o ministro, ao não dizer nada, deu a sua autorização tácita ao aumento da despesa.