De 100 para 400 euros. PCP propõe aumento do subsídio de risco para PSP e GNR

O PCP sustenta que o valor atual "é indigno" e lembra que o subsídio de risco no SEF e na PJ é superior.

O PCP vai propor a subida do subsídio de risco para a PSP e para a GNR, dos cem para os 400 euros, já na discussão do Orçamento do Estado para o próximo ano. Os comunistas dizem que o valor atual "é indigno" e apelam ao "bom senso" da maioria absoluta.

Ainda com Eduardo Cabrita como ministro da Administração Interna, o Governo aumentou de 31 para cem euros o subsídio de risco da PSP e da GNR. Na altura, o PCP colocou-se ao lado das forças de seguranças, criticando o "valor insuficiente".

Os comunistas voltam agora a apresentar a proposta, no dia em que ministro José Luís Carneiro é ouvido no Parlamento, porque "permite valorizar e corresponder" às funções das forças de segurança e é uma forma de tornar a profissão mais atrativa para os jovens. Em declarações à TSF, a deputada Alma Rivera, insiste que a falta de atratividade "tem sido notória nos últimos concursos para recrutamento".

"Seria também uma questão de justiça porque aproximava os valores praticados na Polícia Judiciária e no SEF. São funções de risco e de desgaste", lembra.

Embora não revele um valor concreto, o PCP diz apenas que a medida vai custar "algumas centenas de milhões de euros", mas permite que o dinheiro "entre nos bolsos de quem mais precisa".

"Um investimento que vai parar aos bolsos das pessoas é muito melhor do que gastar mil milhões de euros, que é muito superior ao que custará esta medida, se for aprovada, que é apenas de benefício fiscal de quem já tem muitos milhões de euros. É uma questão de perspetiva", afirma

Alma Rivera garante que, do lado do PCP, continuam a não existir negociações com a maioria absoluta do PS, remetendo qualquer discussão para o plenário da Assembleia da República. A deputada apela ao "bom senso" e ao "sentido de justiça" das forças políticas, desde logo, ao partido que suporta o Governo.

"Se o PS quiser, de facto, ser justo, votará ao lado do PCP nesta proposta, até tendo em conta a disponibilidade financeira que tem demonstrado para o setor da energia. Tem mostrado disponibilidade para injetar milhares de milhões no setor energético", critica.

O PCP votou contra a proposta do Governo para o Orçamento do Estado para 2023, na fase de generalidade, que foi aprovada pela maioria absoluta do PS. Os comunistas prometem, no entanto, apresentar várias propostas de alteração ao documento "para fazer face ao aumento do custo de vida".

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