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Em desacordo, em tudo quanto se debateu, Rui Rio e Rui Tavares só concordam no combate ao argumento do voto no PS.
O líder do PSD alertou para um cenário de ingovernabilidade, voltando a desafiar o PS a viabilizar um eventual governo minoritário do PSD, sob o risco de que, daqui a seis meses, o país esteja "na iminência de eleições".
"É isto que os portugueses querem, que possamos andar de eleições em eleições, ou querem que tenham abertura ao diálogo?" questionou Rio, em jeito de desafio ao PS.

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"Para nós é muito claro que eu ganhando as eleições, a preferência é obviamente dialogar com o CDS e IL, mas se esse diálogo não der os 116 deputados, eu entendo que o PS deve democraticamente estar disponível para negociar e viabilizar a governabilidade. Eu, em sentido contrário, tenho de ser honesto e fazer o mesmo"
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Já para o Livre, o voto no PSD leva a "encruzilhada":
"Não sabemos com quem o PSD pretende governar, se com a extrema-direita, mesmo por apoio tácito, se com CDS e IL, se com o PS", avisou Rui Tavares, fundador do Livre, em defesa de uma "eco geringonça".
"O Livre oferece uma vereda para sairmos da confusão em que estamos, um pacto social ecologista e progressista que pode ser feito com um apoio amplo à esquerda ou pode se feito, a sondagem mais recente da RTP aponta-nos que isso é possível, por exemplo com os votos do PAN, do Livre e do PS naquilo que seria uma eco geringonça e oferecendo menos incerteza que oferece Rui Rio", insistiu.
Durante menos de 25 minutos, os dois candidatos discordaram em todos os temas: impostos (Rio, dependendo da conjuntura, promete baixar, Tavares fala em "milagre"), subsídio de desemprego atribuído (nalgumas circunstâncias) a quem se despede, como propõe o Livre, e que para o PSD é uma proposta "surrealista" e ainda a proposta do Livre de descriminalizar ofensas ao Presidente da República que o presidente do PSD contesta: "Se isto é uma bandalheira, ainda mais ficaria uma bandalheira". De Rui Tavares ouviu: "Vejo que isso o choca mais que a prisão perpétua".