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No Porto para celebrar o São João, Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se "muito feliz" com a decisão europeia de conceder à Ucrânia e Moldova o estatuto de países candidatos à União Europeia e argumentou que fica demonstrado que se um país quer ser europeu, pode escolher sê-lo de forma "livre e soberana".
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"Foi uma decisão justa, inteligente, lúcida e de futuro", classificou o chefe de Estado em declarações aos jornalistas. Para a Ucrânia em especial, o reconhecimento europeu é "politicamente muito importante" por significar que, "se querem ser europeus, quem escolhe o seu destino são os países, de forma livre e soberana".
Questionado sobre se a Rússia pode reforçar a sua ofensiva após esta decisão, o Presidente da República assinala que "a guerra continua e, porventura, até mais duradoura do que se pensava".
"É uma questão política, a dos ucranianos poderem dizer: 'Nós somos europeus, queremos ser europeus e a Europa aceita que sejamos europeus'", assinalou, sem esquecer que o percurso "pode demorar um, dois, três anos ou o que demorar".
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A nível europeu, ficou demonstrada união, força e coragem - "precisa para tomar esta decisão" -, com destaque para a unanimidade e o pensamento "conjunto" dos Estados-membros.

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Os chefes de Governo e de Estado da UE concordaram em atribuir o estatuto de candidato à Ucrânia e também à Moldova, anunciou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, falando num "momento histórico".
A decisão dos chefes de Estado e de Governo ocorre menos de uma semana depois de a Comissão Europeia ter adotado recomendações no sentido de ser concedido o estatuto de países candidatos à adesão à Ucrânia e Moldova e dada "perspetiva europeia" à Geórgia, parecer também adotado pelos 27.
Os três países solicitaram a adesão já depois de a Rússia ter invadido a Ucrânia, em 24 de fevereiro, tendo Kiev sido a primeira capital a fazê-lo, quatro dias a seguir ao início da ofensiva, enquanto Moldova e Geórgia apresentaram as suas candidaturas em março.
As atenções estavam inevitavelmente centradas na decisão sobre a Ucrânia, e a concessão do estatuto de candidato já era considerado um dado adquirido sobretudo desde que, há precisamente uma semana, os líderes das três maiores economias da União - o chanceler alemão Olaf Scholz, o Presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro italiano Mario Draghi - se deslocaram a Kiev para expressar em conjunto o seu apoio à concessão do estatuto com efeito "imediato".
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