Demissões no Santa Maria. "Serviço Nacional de Saúde falhou redondamente"

O líder do PSD, Rui Rio defende que as pessoas "demitem-se porque não tem as condições de trabalho necessárias".

Rui Rio compreende as demissões que têm vindo a acontecer nos hospitais públicos em Portugal. Reagindo à saída de dez chefes da equipa de urgências de cirurgia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, anunciada na segunda-feira, o líder do PSD defendeu que os profissionais de saúde não têm as condições necessárias para trabalhar, o que provoca o degradamento do Serviço Nacional de Saúde.

"Um país que apresenta uma taxa de mortalidade, no último ano, muito superior aquilo que era a média dos últimos cinco antes, falhou o Serviço Nacional de Saúde, logo no seu primeiro objetivo que é salvar a vida das pessoas. Depois, há outros objetivos que é melhorar a qualidade de vida das pessoas, de quem está doente, mas antes disso ainda há outro objetivo que é salvar a vida às pessoas e falhou redondamente", disse esta terça-feira, em declarações aos jornalistas na ilha da Madeira, explicando que o que aconteceu no Hospital de Santa Maria, "tem acontecido em diversos hospitais".

"As pessoas demitem-se porque não têm as condições de trabalho necessárias", afirmou.

Na segunda-feira, os dez chefes de equipa de cirurgia do Hospital Santa Maria, em Lisboa, demitiram-se do cargo e nove vão deixar de fazer urgências porque têm mais de 55 anos.

Os chefes de equipa de urgência cirúrgica tinham enviado a 10 de novembro uma carta ao diretor clínico do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN), de que faz parte o Hospital Santa Maria, na qual apresentavam a sua demissão em bloco a partir desta segunda-feira.

Em declarações à Lusa, o presidente do Sindicato dos Médicos da Zona Sul, João Proença, afirmou que o Conselho de Administração do CHULN "não deu qualquer resposta às pretensões dos médicos que eram muito claras", pelo que foi concretizada a demissão.

Questionado sobre as demissões em bloco no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa disse esperar que haja uma reaproximação no Serviço Nacional de Saúde, entre as estruturas e os profissionais, para evitar paragens nos hospitais.

"Temos de vacinar mais e mais depressa e, por outro lado, acorrer a várias doenças, muitas delas de urgência. Tudo o que seja paragem neste momento é indesejável. Desejo que seja possível reaproximar os pontos de vista", explicou Marcelo Rebelo de Sousa.

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