Director do Público diz que jornal pode estar sob escuta

O director do Público considerou que o jornal que dirige está sob escuta, uma vez que o acesso ao e-mail enviado por um editor deste jornal só pode ter sido feito pelos serviços secretos. À TSF, José Manuel Fernandes afirma que toda esta questão parece «confirmar as suspeitas do Presidente da República».

O director do jornal Público não leu o e-mail enviado pelo editor do Público, Luciano Alvarez, ao correspondente do Jornal da Madeira, Tolentino da Nóbrega, em que se revela que a iniciativa de tornar público o caso das alegadas escutas feita na Presidência da República partiu do próprio Cavaco Silva.

Em declarações à TSF, José Manuel Fernandes assegurou, contudo, que parte desta mensagem se refere a uma «discussão natural entre um director, um jornalista e um editor», mas que parte do e-mail «não corresponde ao seu conteúdo exacto».

O responsável máximo deste diário considerou ainda que o acesso a este e-mail apenas poderá ter partido dos serviços secretos, interrogou-se sobre a quem é que esta notícia poderá interessar e entende mesmo que o Público só pode estar sob escuta.

José Manuel Fernandes assegurou que este e-mail circulou entre «cinco ou seis pessoas e nenhuma delas enviou nenhum mail para o exterior» e que se esta mensagem apareceu em três jornais é porque o «Público está sob escuta ou alguém fez alguma intrusão».

«Conhecendo de quem dependem os serviços de informações, que dependem do primeiro-ministro, e sabendo que estávamos a falar de um caso de escutas e sobretudo quando percebi que tinham ido parar a três órgãos de informação diferentes acho que é um trabalho dos serviços de informações ou de alguém desse género», acrescentou.

Para o director do Público, que diz saber a quem esta questão interessa, o que foi revelado parece «confirmar as suspeitas do Presidente da República» e assegura que «os serviços de telecomunicações vão fazer uma auditoria para tentar verificar onde se deu a intrusão».

José Manuel Fernandes aproveitou ainda para criticar a publicação deste e-mail por parte do Diário de Notícias, a quem foi dito que parte da mensagem era «forjada», e por com base nela ter «denunciado a fonte do jornalista, o que é uma violação gravíssima do Código Deontológico dos Jornalistas».

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