Discurso de Odete Santos e representante de Cuba «animam» segundo dia de trabalhos

No XVIII Congresso do PCP cumpre-se este domingo o segundo dia de trabalhos. Os delegados já votaram a lista para o comité Central. O segundo dia de trabalhos ficou marcado pelo discurso da antiga deputada comunistas Odete Santos  e do representante de Cuba, Jesus Martine Valadres.

O discurso de Odete Santos trouxe ao segundo dia do congresso comunista mais animação.

Foi num silêncio quase religioso que os 1500 delegados e as centenas de convidados ouviram a antiga deputada manifestar-se contra as regras impostas pela União Europeia, sobretudo as que, segundo Odete Santos, ameaçam a liberdade de expressão e aproveitou para deixar um aviso às ameaças que põem em risco os sindicatos.

«Enquanto os nossos sindicatos são quase tratados por associação de mal feitores, o mais sagrado de todos os direitos democráticos, o direito à liberdade de expressão é mal paratado e há quem queira hoje colocá-lo sobre sindicância», salientou Odete Santos.

Mas foi a intervenção do representante de Cuba, Jesus Martine Valadares, que levou o Campo Pequeno ao rubro.

No seu discurso repetiu os habituais ataques à administração dos Estados Unidos, agradeceu o apoio dos comunistas portugueses e aproveitar a oportunidade para oferecer um quadro ao partido, com Fidel Castro ao lado do irmão Raúl, actual presidente cubano.

«Neste momento, o nosso reconhecimento e agradecimento por estarem junto a nós, brindando-nos o apoio político e moral que tão importante foi na nossa resistência frente ao império», referiu o comunistas cubano.

Ainda neste segundo dia de congresso, Bernardino Soares, líder parlamentar do PCP fez questão de marcar as diferenças entre as atitudes dos deputados comunistas e das dos restantes.

«Os comunistas e o seu partido também no plano institucional têm um património único de coerência, trabalho, luta e seriedade. Assistimos [hoje] à sistemática amalgama em que convenientemente são arrumados todos os partidos e deputados», sublinhou o líder parlamentar.

«Visando por um lado limpar as responsabilidades dos que ao longo de mais de trinta anos no Governo nos têm desgovernado e, por outro lado, dificultar a consciência de que é no reforço do PCP que reside o caminho para uma alternativa política e um futuro melhor para o país», acrescentou.

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