O socialista começou por dizer que a questão revelada no email trocado entre um jornalista do Público e Fernando Lima, antigo assessor do Presidente da República, segundo o qual o Chefe de Estado suspeitava estar a ser espiado pelo Governo, devia ter sido esclarecida, porque é «grave».
«Não faz grande sentido que haja um órgão de soberania ou pessoas ligadas a um órgão de soberania - mesmo com ignorância dos titulares desses órgãos - que andem a distribuir pelos jornalistas dossiers sobre os cidadãos deste país», considerou Vitalino Canas.
O socialista referia-se assim ao facto de, no email, o jornalista ter relatado que Fernando Lima lhe entregou um dossier sobre Rui Paulo da Silva Figueiredo, um elemento do Ministério da Administração Interna, de quem supostamente Cavaco Silva desconfiava de o ter espiado na Madeira.
Vitalino Canos entendeu ainda que faltou esclarecer porque é que Fernando Lima «deixou de exercer as funções que exercia» em Belém. «Não se ficou a saber se isso era a confirmação de que esse membro teria agido incorrectamente ou não», acrescentou.