Ex-dirigente das Mulheres Socialistas confirma contactos com Chega para as autárquicas

A atual presidente da junta de freguesia da Azambuja saiu em colisão com o PS e já foi sondada pelo Chega para uma candidatura à câmara municipal.

Inês Louro, ex-dirigente das Mulheres Socialistas, diz que ainda é cedo para planear o seu futuro político, mas admite contactos com o Chega. A presidente da junta de freguesia da Azambuja abandonou o PS ao fim de 31 anos de militância e, desde que foi conhecida a notícia da sua saída, tem sido apontada como futura candidata do partido de extrema-direita à Câmara Municipal da Azambuja.

Em declarações à TSF, a autarca confirma contactos com o partido de André Ventura, mas afirma que ainda tem uma "ferida aberta" por sarar.

"Neste momento, acho que ainda é tudo muito fresco, é muito cedo. Não vou negar o contacto, estaria a ser desonesta. Houve esse contacto com representantes do Chega. Mas, neste momento, isto é uma ferida que ainda está muito aberta, é uma avaliação que tem de ser feita com uma maior distância e quando eu conseguir, de alguma forma, recuperar deste luto, ainda não é o momento", disse Inês Louro.

A autarca, eleita enquanto socialista, explicou os motivos que a levaram a bater com a porta no PS: alega que não pode continuar num partido que assume posições com as quais discorda, e que o projeto que prevê a instalação de painéis fotovoltaicos no concelho da Azambuja foi a "gota de água".

"Criou-se aqui uma distância tão grande que é inultrapassável, que tem a ver com a questão dos painéis fotovoltaicos a que o meu partido se prepara para dar interesse público municipal. Eu tenho sido contra a instalação desse projeto na Azambuja e essa situação tem sido um foco de discussão interna grande", esclareceu.

Inês Louro admite, contudo, que houve também questões internas partidárias que pesaram na decisão, mas sobre estas diz que não falará em público.

"Não vou falar das questões que se passaram dentro do partido socialista, acho que aquilo que se passa dentro da concelhia do Partido Socialista lá deve ficar - assim o respeitarei e espero que assim o respeitem", atirou.

Quanto às afirmações de dirigentes como as da deputada socialista e ex-presidente do município de Vila Franca de Xira, Maria da Luz Rosinha - que afirmou que a saída da presidente da junta da Azambuja do PS "não foi uma surpresa" -, Inês Louro responde que sempre se sentiu compatível com o partido.

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