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O candidato do PSD à Câmara de Lisboa concorda com as críticas aos autarcas socialistas pela elevada dependência do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). No debate da TSF e Diário de Notícias, Carlos Moedas lembra que os fundos europeus vão beneficiar todos os portugueses, com Fernando Medina a pedir "um desconto" para a oposição.
O líder da coligação "Novos Tempos" afirma que o PRR é a "maior vergonha que estamos a viver", com um programa "apenas para os que estão com o Governo".
"Vejo Fernando Medina falar do PRR como se fosse dele. Temos que ter muito cuidado, porque o PRR é o esforço de todos os portugueses. Temos de gerir o dinheiro de Bruxelas de maneira que vá para as pessoas e não para outros lados, como aconteceu no passado", aponta.
Já Fernando Medina pede "um desconto" pelo que os líderes partidários vão dizendo ao longo da campanha eleitoral, referindo-se às palavras de Rui Rio e Jerónimo de Sousa, que alegaram que o PS se sente dono do PRR.
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"Em Lisboa, o PRR vai financiar apenas a extensão da linha vermelha do metro, um projeto que uniu todos os partidos", lembra.
O atual líder da capital recorda ainda que os fundos europeus vão permitir financiar o metro de superfície de Loures, reforçando a "necessidade de um desconto ao excesso de críticas".
Carlos Moedas caracteriza a discussão em tono do próximo Executivo municipal como um "namoro a três": "Estão a discutir quem será o melhor namorado, e quem vai contribuir para manter o que existe em Lisboa".
O candidato do PSD garante que a única alternativa de mudança é a sua candidatura, em oposição a três forças políticas "à procura de desculpas para continuar a fazer o que sempre fizeram".
"A Câmara Municipal está à deriva, com uma gestão à deriva, e os partidos discutem como continuar a fazer o mesmo. Os lisboetas estão cansados desta governação", garante.

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