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António Costa garante que não gerou qualquer tabu quando declarou, em entrevista ao jornal Expresso, que decidirá sobre uma recandidatura em 2023. "Eu não lancei nenhuma questão, e aliás essa questão não existe", referiu.
"Fui reeleito", defendeu, afastando para já uma discussão também sobre um novo secretário-geral do PS. Quanto à chamada à mesa do congresso de Ana Catarina Mendes, Mariana Vieira da Silva, Pedro Nuno Santos e Fernando Medina, Costa argumenta: "É uma mesa bastante ampla, tem José Luís Carneiro, o presidente do partido..."
Parece também "natural" ao secretário-geral do PS "que aquilo que têm sido os rostos do Partido Socialista nos últimos anos estejam na mesa".

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Questionado na chegada ao congresso sobre a linha de sucessão poder apresentar no futuro uma mulher, António Costa replica que "é uma questão que não se põe", pelo menos para já, porque os congressos do PS deixaram de eleger o secretário-geral.
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"Rui Rio pode estar totalmente tranquilo, porque António Costa está aqui", respondeu ainda.
Para Costa, a preocupação dos portugueses é simples e não radica na liderança do PS: é saber "como vamos combater à pandemia" e como as empresas vão ganhar confiança, bem como o país, para recuperar da crise. É essa a preocupação do PS, salienta.

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Questionado ainda sobre um eventual discurso do ministro das Infraestruturas, Costa diz que "é sempre um gosto" ouvir Pedro Nuno Santos.
"Se há coisa de que me orgulho no PS foi, quando fui eleito, ter conseguido reunir a união do Partido Socialista", argumentou, realçando a pluralidade de um partido que tem sabido integrar várias gerações e renovar-se.
As autárquicas também não preocupam o partido: o PS é o maior partido autárquico, "queremos continuar a ser", diz Costa.

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