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Mais de uma dezena de governantes já têm os passaportes preparados para as comemorações do 10 de junho em todo o mundo. Só na Oceânia é que não vai haver nenhum membro do governo português a comemorar o dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
A informação foi sintetizada numa nota enviada à imprensa pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros que dá conta de que, "após dois anos fortemente condicionados pela pandemia de Covid-19, (...) as celebrações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas voltam, paulatinamente, a assinalar-se em moldes pré-2020".
E é um autêntico périplo pelos quatro cantos do globo para "celebrar, em maior proximidade, a cultura e a língua portuguesa e a portugalidade, como forças inspiradoras e de projeção de Portugal no mundo".
No que diz às celebrações oficiais, o Presidente da República e o primeiro-ministro vão estar juntos não só em Braga, mas também em Londres. Marcelo Rebelo de Sousa ainda segue até Andorra, no domingo, onde aí será acompanhado pelo Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafofo.
Já o Ministro dos Negócios Estrangeiros, que está atualmente em Nova Iorque, junta-se na sexta-feira ao programa oficial em Braga e segue também para Londres com Marcelo e Costa.
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Ainda nos Estados Unidos, o passaporte do Ministro da Educação, João Costa, tem o carimbo da cidade de Boston onde vai estar a visitar várias escolas, também em Hudson e New Bedford. Mais a oeste, na Califórnia, estará presente o secretário de Estado da Internacionalização, Bernardo Ivo Cruz.
Na América do Sul, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, "estará três dias no Brasil, passando pelas cidades de Belo Horizonte e de Salvador da Baía, com um programa extenso, dedicado em predominância à cultura, nomeadamente evocando Camões".
Já na Argentina, nomeadamente em Buenos Aires, vai marcar presença António Mendonça Mendes, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.
Noutra latitude, o secretário Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Francisco André, assinala as comemorações em Tóquio, capital japonesa, onde já está em deslocação oficial.
O continente africano é outro que vai ter, como seria de esperar, uma forte presença de governantes. "O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, estará em Angola, onde o ponto alto das celebrações acontece na Escola Portuguesa de Luanda, junto da comunidade portuguesa, contando também com representantes das autoridades locais", destaca a nota do MNE.
Para Pedro Adão e Silva, ministro da Cultura, ficou reservada a passagem para Cabo Verde, nomeadamente na cidade da Praia, onde participa na receção na Embaixada de Portugal, seguida de um concerto no Centro Cultural Português. Já o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, marca presença em São Tomé e Príncipe.
Mais a sul, a ministra-Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, vai estar em Pretória, na África do Sul, e também em Joanesburgo no sábado.
Sem ser necessário passaporte, estão os governantes que vão estar na União Europeia, nomeadamente em Espanha, França e Luxemburgo.
Para Madrid vai Elvira Fortunato, ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior; Fernando Medina, ministro das Finanças, passa o 10 de junho em Paris; e José Luís Carneiro, ministro da Administração Interna, "após a reunião do Conselho de Justiça e Assuntos Internos da UE participa nas celebrações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas na embaixada" do Luxemburgo.
Destaque ainda também para o Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, vai estar no Canadá a comemorar o 10 de junho onde tem na agenda as cidades de Toronto, Montreal e Otava.
Em Portugal, de acordo com a lista de precedências, ficará à frente do governo a ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras.
Oposição também vai para fora
Não é apenas o governo que vai para fora, também o ainda presidente do PSD vai passar o 10 de junho a África. Rui Rio vai comemorar o dia "junto das comunidades que vivem na África do Sul e em Moçambique".
Na nota enviada à imprensa pelo partido, recorda-se que, "em 2018 e 2019, o presidente do PSD tinha estado, respetivamente, na Guiné-Bissau e no Brasil, tendo sido obrigado, em 2020, a adiar a visita a Moçambique devido à pandemia".