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O Governo lançou esta terça-feira a segunda fase do "Apoio a Edifícios mais Sustentáveis", no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O objetivo é combater as alterações climáticas, mas António Costa salienta que o programa vai ajudar a reerguer a economia, com um impacto imediato.
São 30 milhões de euros para melhorar a eficiência energéticas das habitações, embora o Governo admita que o valor pode aumentar. Os portugueses podem candidatar-se para a instalação de janelas eficientes ou o isolamento térmico das casas, com um valor máximo de 7500 euros ou, no caso de edifícios, 15 mil euros.
É um programa para ajudar o ambiente, mas António Costa destaca que ao aderir, os portugueses vão também contribuir para a retomar económica. "Cada uma das obras é trabalho que é dado a um serralheiro ou a um operário da construção civil, intervenha nas coberturas ou fachadas. É um programa que se dirige diretamente às micro, pequenas e médias empresas de construção", sustentou o primeiro-ministro.

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O chefe de Governo salienta que "esta é uma enorme oportunidade para a atividade económica" das pequenas empresas, mas também para o contributo de cada um para as alterações climáticas.
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"Não há ninguém que tenha interesse em viver numa casa onde o calor ou o frio é excessivo. Ninguém quer ter uma fatura da eletricidade superior por má suficiência energética. Todos e cada um de nós podemos ser agentes e contribuir para um menor consumo de energia", encorajou.
O ministro do ambiente, João Pedro Matos Fernandes, garante mesmo que os portugueses podem reduzir em 50 por cento, o consumo de energia nas casas.
"Só dez por cento dos edifícios em Portugal têm um bom desempenho energético, e 30 por cento do consumo está nos edifícios. Sem um grande esforço, mas fazendo as obras certas, podemos reduzir em 50 por cento o consumo de energia na casa de cada um", sublinhou.
O ministro indicou que o Plano de Recuperação e Resiliência prevê mais de 600 milhões de euros para medidas de aumento de eficiência energética, com 300 milhões destinados às habitações, 210 milhões para edifícios públicos e 70 milhões para serviços, com taxas de comparticipação menores, destacando-se o setor do "turismo e hotelaria".
Dos 300 milhões para "as casas onde o comum dos portugueses habita", há 135 milhões de euros no total, 35 milhões para comunidades de autoconsumo e 130 milhões para vales de eficiência a lançar no final de julho para famílias em situação de pobreza energética.
Já o ministro do Planeamento, Nelson de Souza, responsável pela elaboração do PRR, sublinhou que a gestão dos fundos europeus só será eficiente se os portugueses se mobilizarem. "Não tenhamos dúvidas, o PRR não depende apenas do lado da máquina de gestão e de controlo, porque também dependerá em larga medida da nossa capacidade no sentido de mobilizar todos os portugueses que mais diretamente estão envolvidos nos projetos, nos investimentos e nas reformas", disse.

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